Real Fábrica das Sedas

Esta é uma das mais importantes manufaturas de fundação joanina, constituindo um marco na história industrial portuguesa dos séculos XVIII e XIX. Com proposta apresentada pelo tecelão francês Robert Godin em 1727, a sua construção foi autorizada pela Resolução Real de 13 de fevereiro de 1734. Construído no Rato, segundo o risco do arq. Carlos Mardel, o edifício ficou concluído em 1741.

A partir de 1757 adquiriu a designação de Real Fábrica das Sedas do Rato, tendo a sua reforma integrado os planos de renovação urbanística da cidade de Lisboa. Ocupando todo o quarteirão, desenvolve-se longitudinalmente com planta em L. De volumetria paralelepipédica uniforme, a sua fachada principal é composta por dois torreões avançados nos extremos ligados por duas alas recuadas a um corpo central mais destacado e rematado por frontão triangular, em cujo tímpano sobressai a pedra de armas de D. José I.
Localização:
Rua da Escola Politécnica, 219-243
Ano:
1741

Mais Informação

Estruturada em dois pisos, os panos murários surgem compartimentados em cinco corpos por pilastras e cunhais de cantaria, ritmados pelo rasgamento de 14 janelas em cada um dos registos. Tendo passado por vários proprietários desde o segundo quartel do séc. XIX, a fábrica sofreu um incêndio de grandes proporções, em agosto de 1897, que destruiu o edifício quase na sua totalidade. Objeto de reconstrução posterior, sem qualquer afinidade com o uso para que fora criado, manteve a traça exterior, mas foi adaptado a novas funcionalidades no interior.