capela do rato

A capela foi mandada construir pelo Marquês de Viana, em 1839, como capela privativa do Palácio dos Marqueses da Praia, por eles adquirido, num espaço adjacente ao palácio, comprado à Fábrica da Louça. O projeto é do arquiteto Manuel Joaquim de Sousa. Os estuques, datados de 1864, são de Rodrigues Pita. Em 30 de dezembro de 1972 ocorreu na capela uma vigília de oposição à guerra colonial e ao Estado Novo. Faz 50 anos que um grupo de cristãos ocupou o interior da Capela do Rato como forma de protesto contra o fim da guerra em África. Este acontecimento demonstrou que o grande pilar do regime, a Igreja Católica, já não era um apoiante fiel. As repercussões da vigília levaram o Presidente do Conselho a intervir em público e a reagir num discurso na rádio e na televisão. O assunto, que chegou também à Assembleia Nacional, foi debatido em várias sessões. 
Localização:
Calçada Bento da Rocha Cabral 1B
Ano construção:
1839

Mais Informação

Recentemente, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, distinguiu a comunidade da Capela do Rato com a Ordem da Liberdade, considerando que a vigília celebrada nos dias 30 e 31 de dezembro de 1972, “significou um momento de certidão de óbito do marcelismo”.