Alto do Penalva

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D. Estêvão de Meneses (n. 19 Mai. 1695; m. 7 Nov. 1758). 5.º Conde de Tarouca, 1.º Marquês de Penalva

De acordo com o Olisipógrafo Norberto  Moreira de Araújo (1889-1952), a propriedade mais antiga neste local – o Palácio do Conde de Penalva – data de 1738, mandado construir por D. Joana Rosa de Gomes da Silva [de Meneses], 4.ª Condessa de Tarouca (c. 1670-1734) e mãe de D. Estêvão Meneses.
Filho de D. João Gomes da Silva, 4.º Conde de Tarouca (1671-1738), casou com a sua prima D. Margarida Anna Armanda de Lorena (n.1700, filha de Manuel Teles Silva, meio-irmão de sua mãe) em 1725, tendo desse matrimónio nascido uma filha única, Eugénia de Menezes da Silva no dia 26 de Agosto de 1731 (m. 1788), 2.ª Marquesa de Penalva, 6.ª Condessa de Tarouca.
Foi Deputado da Junta dos Três Estados, e nomeado Presidente do Conselho Ultramarino no dia 30 de Agosto de 1749, órgão de administração colonial, ocupando-se de todas as questões relacionadas com a Índia, Brasil, Guiné, Ilhas de São Tomé, Cabo Verde, e restantes territórios africanos, no âmbito das pastas da Fazenda, Comércio, Administração, Comércio e Guerra. O título Marquês de Penalva foi-lhe concedido por D. João V (1689-1750) 7 de Fevereiro de 1750.
Embora o Olisipógrafo Luís Pastor de Macedo (1901-1971), indique que a primeira referência a este arruamento surgiu pela primeira vez em 1826, poderemos considerar que se poderá tratar de D. Fernando Teles da Silva Caminha e Meneses, 9.º Conde de Tarouca e 4.º Marquês de Penalva (1813-1893), um militar pertencente ao partido Miguelistas, que sucedeu no título de Marquês ao seu avô no dia 10 de Dezembro de 1818 e no de Conde e Senhorios e Morgados das Casas de Penalva e Alegrete, a seu pai, no dia 21 de Janeiro de 1828.
Na Sessão Camarária de 6 de Maio de 1878, foi decidido proceder à compra pequeno largo nas traseiras deste arruamento, visto que nas redondezas se acumulavam barracas que lhe conferiam a caracterização de sítio de “(...) má fama e de péssima vizinhança”.
Designado Alto do Marquês de Penalva, este arruamento não tem saída, localizando-se junto ao n.º 51 da Rua da Mãe d’Água.

Bibliografia
Sequeira, Gustavo de Matos (1922). Depois do Terramoto. Subsídios para a História dos Bairros Ocidentais de Lisboa. Coimbra: Imprensa da Universidade;
Macedo, Luís Pastor de (s.d.). Ficheiro Toponímico. Gabinete de Estudos Olisiponenses. Câmara Municipal de Lisboa;
Machado, Diogo Barbosa (1752). Bibliotheca Lusitana, Histórica, Crítica e Cronológica (...). Lisboa: Officina de Ignácio Rodrigues, Tomo III;
Alto do Penalva (s.d.). Departamento de Toponímia da Câmara Municipal de Lisboa

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