Mosteiro de São Bento da Saúde / Palácio de São Bento / Palácio das Cortes / Assembleia da República

Arrumamento assim designado por neste local ter sido construído o Mosteiro de São Bento da Saúde. Tratou-se de uma construção de raíz do primeiro edifício conventual em Lisboa. Previamente instalada no Mosteiro Beneditino de São Martinho de Tibães (1569) e no Colégio de Nossa Senhora da Estrela (1572), em 1581 a Congregação de São Bento iniciou um processo de busca para a construção da sua nova casa-mãe. Dezasseis anos depois, começaram os trabalhos de construção nos terrenos onde este arruamento se situa, na época composto por três quintas, uma delas a antiga Casa da Saúde dedicada ao recolhimento dos enfermos com peste.

No dia 8 de Novembro de 1615 deram-se por concluídas as estruturas fundamentais deste novo edifício, e a respectiva transferência da comunidade da Congregação. O edifício foi denominado Mosteiro de S. Bento, o Novo,  Mosteiro de São Bento da Saúde, ou ainda Mosteiro de S. Bento dos Negros.
Com o Terramoto de 1755, o Mosteiro sofreu alguns danos, rapidamente reparados, tendo, no ano seguinte sido instalado o Real Archivo Torre do Tombo na sua ala Sudoeste, onde viria a permanecer até 1990.

Perante o advento da Reforma Reforma Geral Eclesiástica (30 de Abril de 1834), empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado *Joaquim António de Aguiar, a determinação da extinção das Ordens Religiosas em Portugal, levou o Mosteiro e todos os seus bens fossem apreendidos e incorporados no património do Estado. Em Junho desse ano, iniciaram-se as obras de carácter laico, dirigidas pelo arquitecto Joaquim Possidónio Narciso da Silva (1806-1896).  Em 1937, o edifício assumiu o nome de Assembleia Nacional e, em 1975, Assembleia da República.

Designado Rua de São Bento pelo Edital do Governo Civil de 1 de Setembro de 1859, este arruamento inicia-se na Rua do Poço do Negros e termina no Largo do Rato.