Marçal de Limoges (n. Gália, Século III). Primeiro Bispo de Limoges. Não existe informação precisa sobre São Marçal, excepto o que foi escrito nos relatos do Bispo Gregório de Tours (538-593), considerado o primeiro historiador de França, e defensor dos direitos da Igreja.

Deste modo, segundo Tours, São Marçal foi enviado para Limoges, juntamente com seis outros Bispos (Graciano para Tours, Trófimo para Arles, Paulo para Narbona, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austremónio para Clermont) com a missão de evangelizar as populações, tendo conseguido converter toda região com enorme sucesso.

São inúmeras as lendas em torno de São Marçal: desde ter pertencido aos 72 discípulos de Cristo, ter assistido ao milagre da multiplicação dos pães, até ter sido baptizado por São Pedro aos 15 anos e por ele enviado para evangelizar a França, por ordem de Jesus Cristo. Outras lendas apontam para a realização de uma ressurreição recorrendo a um cajado que havia sido ofertado por São Pedro, instrumento que também utilizava para curar paralíticos e apagar incêndios.

Segundo o Departamento de Estudos de Toponímia da Câmara Municipal de Lisboa, após o Terramoto de 1755, proliferaram por Lisboa azulejos de São Marçal nas fachadas das casas, pela sua lendária capacidade de apagar incêndios, consubstanciada inclusivamente pelo facto de ser o Santo Patrono dos Bombeiros. Poderá, segundo este Departamento, ser uma hipótese viável no que respeita à origem deste topónimo.

Anteriormente designado Rua dos Marcos, pelo menos até 1769, este arruamento foi renomeado Rua de São Marçal em data desconhecida, sabendo-se apenas que já existia em 1852, no âmbito de um plano de construção de um edifício nesse local (Atlas da Carta Topográfica de Lisboa de Filipe Folque). Inicia-se na Rua Cruz dos Poais e termina da Rua da Escola Politécnica.