António Rodrigues Sampaio (n. São Bartolomeu do Mar, Esposende, 25 Jul. 1806; m. Sintra, 13 Set. 1882). Jornalista, político, Ministro do Reino e Presidente do Ministério Regenerador.

Filho de António Rodrigues Sampaio, seu homónimo, e de Maria de Amorim, modestos lavradores locais, iniciou-se no estudo de línguas com clérigos locais, das freguesias de Belinho e Marinhas, revelando-se proficiente em Latim, que aprofundou no Convento das Carmelitas de Viana do Castelo. Iniciado como Frade Menor, e possuindo o curso de Humanidades (Braga, 1825) leccionou línguas gratuitamente na sua localidade natal. Chegou a subir ao púlpito para pregar, mas foram-lhe negadas as Ordens Sacras.

Concluída a sua formação, e retornado à sua localidade natal, a sua proximidade com o ideário liberal, constituiu motivo para ser intimado a encerrar as aulas gratuitas que leccionava aos seus vizinhos, tendo, consequentemente sido encarcerado no Aljube do Porto com apenas 22 anos de idade.
No entanto, e graças ao presídio, tomou contacto com outros constitucionalistas que o inspiraram a iniciar a sua carreira enquanto jornalista (P. Inácio José de Macedo, redactor do Velho liberal do Douro).

Combateu com o exército liberal, e assumiu posteriormente lugar de Guarda na Alfândega do Porto, a que se seguiu a posição de Redactor Principal no periódico portuense Vedeta da Liberdade, no ano de 1835.
Aquando do derrube do Partido Cartista, foi nomeado Secretário Geral do Distrito de Bragança, no ano de 1836 (ano em que também desposou D. Maria Barbosa Soares de Brito). Em Lisboa, no ano de 1842, assumiu a direcção dos jornais Vedeta da Liberdade, Espectro (primeiro número publicado no dia 16 de Dezembro de 1846) e do seu precursor, o Ecco de Santarém. Destaque-se igualmente o periódico Revolução de Setembro, cujo primeiro número foi publicado no dia 22 Junho de 1840.

Dissolvido o Partido Cabralista, foi eleito, entre 1951-57, deputado de Lisboa e posteriormente por outras regiões do país. Foi também presidente da Câmara Electiva (1866-70) e Ministro do Reino (1870; 1871-77 e 1878).
Constituiu uma figura incontornável no Liberalismo em Portugal, e uma referência do jornalismo político, tendo contribuído para a Descentralização Administrativa que culminou na Lei do Ensino Primário de 1881.

Designado Rua Rodrigues Sampaio pela Deliberação Camarária e respectivo Edital do Governo Civil de 31 de Dezembro de 1885, este arruamento tem início na Rua Manuel de Jesus Coelho e termina na Avenida Duque de Loulé.