Travessa das Parreiras

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O estudo da Toponímia constitui um desafio cuja dificuldade varia de acordo com as fontes disponíveis, aliás, como qualquer processo de de investigação.

Para garantir a validação e objectividade dos nossos textos, o cruzamento de dados é uma condição sine qua non, evitando desde logo especulações e rumores sobre possíveis origens de cada topónimo, exceptuando-se eventuais lendas ou contos decorrentes da tradição oral ou escrita.
Nos casos em que não existem fontes primárias, documentais, consideramos que a designação do arruamento e o seu simbolismo se encontram diluídos no tempo, cabendo-nos persistir na busca de novos dados.

No caso deste arruamento, encontrámos na grande referência da Olissipografia que foi *Júlio de Castilho, que na sua obra Lisboa Antiga. O Bairro Alto, referenciou um arruamento com esta designação, o qual, à data desta publicação (1954) tinha o nome de Rua da Cruz de Soure, e localizava-se nas proximidades da Rua da Vinha. Tratavam-se de territórios agrícolas caracterizados por hortas e vinhas, outrora pertencentes a João de Altero e associados à Adega dos Andradas.
Esta informação poderá tornar-se algo inconclusiva.  De acordo com o Departamento de Toponímia da Câmara Municipal de Lisboa, este topónimo representa a memória de uma antiga zona rural.

Poderemos, portanto, no máximo, estabelecer um raciocínio similar ao de Júlio de Castilho no que respeita à origem da designação deste arruamento.

Designado Travessa das Parreiras, por Edital do Governo Civil de 1 de Setembro de 1859, este arruamento tem início na Calçada de Santo António e termina na Rua de Santa Marta.

Bibliografia

Castilho, Júlio de (1954). Lisboa Antiga. O Bairro Alto. Lisboa: Publicações Culturais do Município de Lisboa, vol. 1.
Travessa das Parreiras (s.d.). Departamento de Toponímia da Câmara Municipal de Lisboa

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