O estudo da Toponímia constitui um desafio cuja dificuldade varia de acordo com as fontes disponíveis, aliás, como qualquer processo de de investigação.

Para garantir a validação e objectividade dos nossos textos, o cruzamento de dados é uma condição sine qua non, evitando desde logo especulações e rumores sobre possíveis origens de cada topónimo, exceptuando-se eventuais lendas ou contos decorrentes da tradição oral e escrita.
Nos casos em que não existem fontes primárias, documentais, consideramos que a designação do arruamento e o seu simbolismo se encontram diluídos no tempo, cabendo-nos persistir na busca de novos dados.

No caso deste arruamento não existe qualquer tipo de informação que nos permita aferir a sua origem. Existe casos em Lisboa, designadamente a Igreja de Nossa Senhora do Rosário em São Domingos de Benfica e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, na Avenida de Berna (primeiro templo católico construído em Lisboa após a Implantação da República), na Rua do Jardim do Tabaco existiu uma Ermida dedicada a Nossa Senhora do Rosário em 1744. Na cidade do Porto existe também a Rua do Rosário, que homenageou o tio de *Almeida Garrett, Domingos do Rosário Nascimento Almeida, devoto a Nossa Senhora do Rosário. Em Chaves, Vila Real, a Capela de Nossa Senhora do Rosário, datada do século XVI, e.o.

Poderá ser aqui que reside a origem deste arruamento, inclusivamente com uma grande probabilidade, considerando as vastíssimas alusões figuras religiosas na Freguesia de Santo António. No entanto, sem fontes concretas, tal como acima referido, não poderemos garantir esta hipótese.

Designado Travessa do Rosário, este arruamento tem início na Travessa da Conceição da Glória e termina na Rua da Alegria.