Exposição "Mamíferos do Japão"

Exposição "Mamíferos do Japão"

O dia 3 de outubro de 2019 foi de inauguração na Biblioteca Arquiteto Cosmelli Sant’Anna com um novo projeto - IlustraNatura. Um ciclo de exposições dos quatro cantos do mundo, dedicada à ilustração científica e à pintura naturalista. Deu-se início a este ciclo com uma exposição de pinturas e gravuras de João Carvalho, artista plástico, apaixonado pela arte e com uma forte ligação ao Japão.

“O Japão ensinou-me a amar Portugal, encontrei Portugal no mais remoto do Japão”, o artista diz ainda que criou uma ligação instantânea, porque “os povos são diferentes mas as expressões são iguais”, admitindo também que as cidades que mais gosta são as do sul, uma vez que “são cidades que têm uma ligação muito mais forte com Portugal do que o resto do país”.

O artista visitou o Japão pela primeira vez no ano de 1992, regressou em 2006 e a partir daí, pelo menos uma vez por ano, visita aquele que é para si, o lugar de inspiração da exposição – “Mamíferos do Japão – Um Deslumbramento Riscado”.

De 3 a 30 de outubro a BACS encheu-se de animais mamíferos, mais concretamente o grupo de mamíferos que habitam as ilhas Japonesas, desenhados em gravura, uma técnica que o artista começou a desenvolver recentemente. As pinturas vão desde a gaivota ao veado japonês, passam pelo peixe balão, à alforreca, o corvo, a tartaruga e a sardinha. “Alguns destes animais podem encontrar-se a passear com liberdade nas grandes cidades do Japão, ou até mesmo em alguns santuários ou ilhas remotas”, conta-nos o artista. 

No primeiro dia da exposição esteve presente o tesoureiro da Junta de Freguesia, Rodolfo Knapic e a segunda Secretária do Japão – Yuka – representante da Embaixada do Japão. “A exposição é muito interessante, porque dá a conhecer a realidade do país, onde se encontra muita riqueza natural. Setenta por cento do Japão é floresta e trinta por cento é onde podemos viver’’, afirma.

O Japão é um país onde se presume encontrar unicamente arranha-céus, multidões e grandes ruas, porém esta exposição revela-nos o oposto, mostrando o contraste existente entre a natureza e a cidade.