Plano Geral de Drenagem de Lisboa

Plano Geral de Drenagem de Lisboa

No dia 27 de junho, realizou-se a reunião de apresentação do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) com a presença de Vasco Morgado, Presidente da Freguesia de Santo António, Carla Salsinha, Presidente da Direção da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), Filipa Roseta Vereadora com o pelouro do Plano Geral de Drenagem de Lisboa e Silva Ferreira, coordenador da equipa do Plano Geral de Drenagem de Lisboa.

A reunião de esclarecimento decorreu na UACS e foi organizada pela Junta de Freguesia de Santo António, Câmara Municipal de Lisboa (CML), a União de Associação do Comércio e Serviços (UACS) e a Associação Avenida.

O PGDL traduz-se num conjunto de ações para proteger Lisboa, uma vez que as situações de inundações são frequentes, em particular em zonas críticas como a Rua de Sta. Marta/S. José, a Baixa e Alcântara. Estes fenómenos têm tendência a agravar-se devido à crescente ocupação do território e ao efeito das alterações climáticas.

Face a esta realidade é de extrema importância implementar soluções que eliminem/reduzam os impactes sociais, económicos e ambientais associados às cheias e inundações.

 - Como vão funcionar os túneis de drenagem?

Estes túneis irão captar a água recolhida nos 2 pontos altos (Monsanto e Chelas), bem como em pontos adicionais de captação, ao longo do seu percurso, nomeadamente Av. da Liberdade, Sta. Marta e Av. Almirante Reis, conduzindo todo esse volume de água ao rio (Sta. Apolónia e Beato). Desta forma é desviada a água que provocaria cheias e inundações, nos locais críticos de Lisboa, em picos de chuva.

- Quais as intervenções na área da nossa freguesia?

  • Intervenções na Av. da Liberdade com Rua Alexandre Herculano:

- Terá duas áreas distintas que se sobrepõem num curto período de tempo (aproximadamente 4 meses).

 - No lado nascente, será construído o poço de vórtice daí a sua maior área de implantação. Estão garantidos acessos às garagens, estacionamentos reservados a mobilidade reduzida e lugares de estacionamento exclusivo a moradores.

 - Os passeios laterais junto aos edifícios ficam livres. A calçada artística será levantada, catalogada e a sua reposição será feita com o apoio dos Mestres Calceteiros.

  • Intervenções na Rua de Santa Marta com a Rua Barata Salgueiro:

 - Numa primeira fase, vai ocorrer um corte de trânsito da Rua de Santa Marta onde a circulação viária será desviada para a Travessa de Santa Marta. O acesso às garagens, zona de cargas e descargas, ao Hospital de Santa Marta, serviços e comércio e praça de táxis será garantido.

- Numa segunda fase, o trânsito será reposto em toda a extensão da Rua de Santa Marta e cortado na Rua Barata Salgueiro, entre a Rua Rodrigues Sampaio e a Rua de Santa Marta. O trânsito será desviado pela Rua Rodrigues Sampaio seguindo para a Rua Alexandre Herculano e retomando no início da Rua de Santa Marta.

Apesar de o principal objetivo ser desviar caudais excessivos, a construção dos túneis vai ter também em consideração 3 questões ambientais de relevo:

- Bacias Antipoluição - Estas bacias antipoluição irão captar e armazenar as primeiras águas da chuva (as mais poluídas por trazerem os resíduos depositados na superfície dos pavimentos) conduzindo-as posteriormente às fábricas de água (ETARs), já com um prévio tratamento de decantação. Desta forma será possível aumentar significativamente os volumes de água já tratada que são conduzidas ao rio Tejo, minimizando os seus níveis de poluição.

- Utilização de Água Reciclada - Outra vantagem na construção destas estruturas será a possibilidade de se utilizar água reciclada para lavagem de pavimentos, regas e incêndios. Isto será possível porque, nos túneis, será construída tubagem que conduzirá a água reciclada (das fábricas de água até às bacias antipoluição em sentido inverso ao da drenagem). Esta água reciclada será reservada em depósitos independentes, dentro das bacias antipoluição que por sua vez alimentarão os marcos de água reciclada a instalar na cidade (estruturas de cor roxa, distintas dos atuais hidrantes vermelhos, abastecidos com água potável).

- Central mini-hídrica sustentável - Na Bacia antipoluição de Monsanto/Campolide vai-se construir um compartimento onde, posteriormente, se pode garantir um caudal mínimo de água do Caneiro de Alcântara a ser conduzida por tubagem própria dentro do Caneiro, que poderá alimentar uma central mini-hídrica contribuindo para a redução significativa do consumo de energia elétrica na Fábrica da Água através desta Central sustentável.

Esta é uma obra que pela sua dimensão e duração terá um impacto no dia a dia da cidade. Vão ser sete frentes de trabalho que, inevitavelmente, irão ter algum impacte negativo na cidade, pelos constrangimentos na circulação/ tráfego que irão causar.

Os locais são os que abaixo se enumeram (datas estimadas):

  1. Campolide (junho 22 – janeiro 25)
  2. Avenida da Liberdade (setembro 22 – maio 24)
  3. Rua de Santa Marta / Rua Barata Salgueiro (julho 22 – junho 24)
  4. Avenida Almirante Reis / Rua Antero de Quental (setembro 22 – julho 24)
  5. Santa Apolónia (junho 22 – janeiro 25)
  6. Chelas (junho 22 – janeiro 25)
  7. Beato (junho 22 – janeiro 25)

Mais informações sobre o Plano Geral de Drenagem de Lisboa em: https://planodrenagem.lisboa.pt/