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“Um Memorial à Vigília da Capela Do Rato”, com autoria de Cristina Atáide, é a mais recente escultura do Jardim das Amoreiras.

A escultura, inaugurada no dia 25 de março, simboliza a paz, sendo o resultado de uma ação - por parte de um grupo de católicos - que acabaria por ser interrompida pelas forças policiais do regime de Marcelo Caetano, em 1972.

A cerimónia contou com o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, o Presidente da Freguesia de Santo António, Vasco Morgado, o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Diogo Moura e a artista Cristina Atáide.

No discurso de inauguração o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, afirmou: “A Vigília da Capela do Rato representou um milhão. Aos católicos juntaram-se tantos outros que não eram católicos. E ficou claro que a liberdade era um ideal partilhado pelo povo português em toda a sua diversidade, independentemente da sua fé e da sua condição social.”

Já o Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, destacou o papel decisivo deste movimento na história do país. “O evento da vigília da Capela do Rato foi um evento decisivo para compreender o fim do regime autoritário e também aquilo que foi o pluralismo e que foi criado pelo regime democrático. Depois de 74, correspondia à possibilidade dentro da Igreja Católica, de haver movimentos de contestação à guerra e também de contestação àquilo que era a posição dominante hierarquia da Igreja Católica. E isso foi fundamental na transformação do País.”, sublinhou.

A iniciativa nasceu de uma parceria entre o Comissariado Executivo dos 50 anos do 25 de abril de 1974 e a Câmara Municipal de Lisboa.