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Mais de 80 pessoas participaram no inovador projecto «Um livro num dia» que a Freguesia de Santo António e a Chiado Editora promoveram esta quinta-feira, 23 de Abril, para celebrar o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor. Junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, na Avenida da Liberdade, a Chiado Editora montou um escritório onde quem quisesse podia acompanhar todos os passos da concepção de um livro, desde a seleccção feita pelos editores, à revisão de texto, paginação e design da capa - e tudo num só dia.

«Quisemos celebrar este dia com uma acção que democratizasse a literatura. Quem quisesse, podia vir ter connosco e falar com todos os nossos departamentos e esclarecer as suas dúvidas», explicou Gonçalo Martins, director da Chiado Editora, empresa fundada em 2008 para «dar espaço a autores que não tinham espaço noutras editoras». Gustavo e Rosângela Vaz, um casal de cidadãos brasileiros de férias em Portugal, acharam a iniciativa interessante e decidiram participar. «Escrevo por diletantismo. Entreguei um conto intitulado “Exame oral”, sobre um candidato a um concurso público», diz. Rosângela escreveu sobre «Uma linda mulher», um homenagem à irmã, que já morreu. «Esta iniciativa é fantástica. O livro em papel é um instrumento que vai persistir durante muitos anos. Acho que o papel e o digital se casam bem e um não vai tirar o lugar ao outro», afirma. Da E.B. Ferreira de Castro, em Mem Martins, vieram Guiomar Palmeira, professora de Português, e três alunos do 9.º ano - Filipe Reis, de 14 anos, Rita Baptista, de 15 anos, e Mariana Augusto, de 14 anos -, todos membros do Clube de Leitura da escola. Cada um entregou um conto para publicação. Os quatro aproveitaram o dia para participarem também no workshop de Escrita Criativa orientado por André Pereira, do ateliê O Que Te Quero Dizer, uma das actividades gratuitas oferecidas durante este dia. Ao final da tarde, foram distribuídos mil exemplares de «Um livro num dia» a todos quantos passaram na Avenida da Liberdade, que reúne os mais de 50 contos seleccionados pelos editores durante a manhã. Para Vasco Morgado, Presidente da Freguesia de Santo António, este foi mais um evento que ajudou a dinamizar a Avenida da Liberdade e que atraiu não só os habitantes mas também turistas. «A avenida tem espaço para os mais diversos tipos eventos, da moda à literatura. Esperemos que esta iniciativa se repita e possamos atrair novas editoras e novos projectos». [cycloneslider id="dia-mundial-do-livro"] Mais fotografias do evento no álbum do Facebook da Freguesia