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Espontânea como a sua própria exposição, Isabel Pádua tem no seu traço a preto e branco o seu cunho. Algo que se nota neste imaginário sobre a cidade de Lisboa que tanto nos aparece pintada em quadros como nas próprias paredes da Biblioteca Cosmelli Sant’Anna (BACS). “A Freguesia de Santo António desafiou-me a encher a parede como um todo, como se fosse um cenário e eu fiquei surpresa. Mas adorei tanto. E fiz render a minha imaginação”, afirma a artista no dia da inauguração de “Espontaneidades”. E assim nasceu a ideia de pintar uma das paredes da BACS com direito a um poema de sua autoria. Andorinhas voando… Nos céus de Lisboa. Casarios, manjericos Varandas enfeitadas… Há fado, nas vielas. São os eléctricos amarelos Subindo, e, descendo as colinas… Há tascas e água-pé Lisboa, é linda! Lá no fundo, está a mulher da castanha. “É a primeira vez que exponho nesta Biblioteca e é um espaço muito agradável, muito acolhedor. Muito giro. E agradeço a todos da Freguesia de Santo António o carinho e a liberdade para criar”, concluiu Isabel Pádua. A exposição “Espontaneidades” fica patente até ao dia 28 de outubro, de segunda a sexta, das 10h às 18h, na BACS.