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A Biblioteca Arquiteto Cosmelli Sant'Anna (BACS) recebeu a exposição de Colin Ginks, de 19 de janeiro a 10 de fevereiro. NO SPACE – paisagens psicológicas e sociológicas é um trabalho de observação do pintor e escultor norte-americano que “aborda questões de identidade, de comunidade, no nosso espaço real ou imaginado cada vez mais claustrofóbico”. Auto-didata, Colin Ginks

assume ser “ambicioso” e ter tido “sempre a vontade de ser artista”. Neste processo de aquisição de experiência por si só, fazendo jus ao conceito de “selfmade man”, reconstrói em pintura a realidade que o rodeia – seja ou não por si vivenciada. Em NO SPACE, Colin Ginks faz uma percurso entre a vivência de “uma polícia com medo de enfrentar a morte; pessoas a sonhar com um novo amanhecer mais esperançoso; um mar negro e tumultuoso; negro entre tanto branco; privilégios e castas; convívio e solidão, lugares de sonho, e da realidade”. À partida nada têm em comum, a não ser “cada uma destas pessoas estar a viver a sua vida à sua maneira no meio do tumulto social em que vivemos nos dias que correm”. Romper com a tradição classicista, introduzindo-lhe um impulso moderno aliado à psicose, individual e coletiva, é a forma de resposta do pintor ao momento presente. “Vivemos um momento um bocado complicado e, embora me possa sentir constrangido por estar a comentar / pintar as coisas menos boas que me rodeiam, quando a minha vida está confortável, é a resposta que consigo dar ao mundo, neste momento”. Esta é a primeira exposição individual de Colin Ginks na BACS mas a experiência parece ser desafiante, levando-o a assumir que “quero ser cada vez mais famoso, reconhecido pela minha arte e ter a liberdade de fazer as coisas melhor”. O próximo passo nesse sentido, adianta, “pintar quadros de maiores dimensões dos que alguns que já tenho – não sei como o farei, mas sei que irei conseguir”.