Reunião descentralizada sem muitas respostas

Reunião descentralizada sem muitas respostas

A 1 de março, a Câmara Municipal de Lisboa, recebeu as Freguesias de Santo António, Misericórdia e Santa Maria Maior, bem como os seus fregueses, no Palácio da Independência para uma reunião descentralizada. O presidente da Freguesia de Santo António levou muitas perguntas, mas trouxe poucas respostas. Várias foram as preocupações que levaram alguns fregueses de Santo António a pedirem a palavra e serem ouvidos nesta reunião descentralizada com a Câmara Municipal de Lisboa, que contou, entre outros, com a presença do Presidente

da autarquia, Fernando Medina. Atento ao que se passa e do lado dos interesses dos seus fregueses, Vasco Morgado, questionou a mesa sobre o alegado projeto (de entidades privadas) para um arruamento entre o Largo Hintze Ribeiro, Rua de São Bento e Rua da Escola Politécnica – assunto que também foi levado por Ana Rita Belo, representante dos moradores da zona, que ali marcaram presença, “preocupados com o projeto, porque tem alguns pareceres técnicos negativos e porque nos parece que nos tirará o pouco sossego que ainda temos”. Da parte do vereador Manuel Salgado, houve a certeza de que, “neste momento, não existe nenhum projeto da Câmara Municipal de Lisboa. Foram demonstradas intenções de particulares, mas se e quando essa proposta vier a ser apresentada terá consulta pública e terá de ir à Câmara Municipal de Lisboa”. O vereador, aproveitou a ocasião para relembrar que “há muitos anos que existem estudos para esta zona da cidade e tem havido vários estudos, com o intuito de reduzir a pressão no próprio Largo do Rato, mas destes não há nenhum aprovado”. Esta foi aliás, a única questão que o presidente da Freguesia de Santo António viu respondida. Na sua lista figuravam outras questões, como: a requalificação do Parque Mayer e do Mercado do Rato e das obras na escola Luísa Ducla Soares. A par destas questões mais direcionadas, Vasco Morgado, levantou ainda outras relacionadas com a necessidade de legislar o alojamento local, uma vez que “Lisboa precisa de ser governada a pensar em quem cá mora e não apenas em quem nos visita – que são bem-vindos, mas sem que os lisboetas se tornem em danos colaterais”. O autarca da Freguesia de Santo António aproveitou, igualmente, para alertar a Câmara para a necessidade de fiscalização das obras licenciadas por estes, no sentido de responsabilização dos empreiteiros pelos estragos em infraestruturas que estavam em bom estado, como os passeios.