Luz, Câmara, Ação

Luz, Câmara, Ação

 Muitos foram aqueles que se juntaram à porta do Centro Social Laura Alves para exigir respostas para o crime que aconteceu, na tarde de 23 de junho. O mesmo dia fica ainda marcado pelo desaparecimento de uma criança que se encontrava a brincar no parque infantil do Jardim do Torel, que tinha tudo para ser uma bela tarde para fotografar mas que acaba por ser tornar num mistério. Três histórias distintas – Melodia Fatal, O Rapto, A Fotografia - que tinham tudo para serem reais mas todas elas foram elaboradas durante a segunda edição do Workshop de Cinema Palmo e Meio.

Uma iniciativa da Freguesia de Santo António, com o apoio do Bazar do Vídeo e da loja Mascarilha. No primeiro dia, de um workshop que esgotou rapidamente, tempo de munir os jovens, dos 9 aos 15 anos, com as ferramentas práticas para aprenderem o papel e a função de cada elemento necessário para produzir um filme. Em 16 de junho, construíram um taumatrópio, aprenderam os diferentes planos que existem e em que situações devem ser usados, escreveram o guião de cada filme com cabeçalho, ação e diálogos, como operar com o equipamento de som e imagem e, no final, para maravilha de todos, o exercício da caracterização: onde todos saíram com diversos cortes pintados nas mãos, na cara e nos braços. Algo que Ana Sofia Feijão, de 15 anos, pela primeira vez neste workshop, ficou encantada. “Aqui aprendi muito sobre os planos e o som era uma coisa que não sabia. Sobre como mexer com a câmara já sabia, mas os nomes dos planos e como utilizar não sabia. Estou a gostar muito”. Já Madalena Pinto, de 12 anos, entre a aprendizagem de como manusear a câmara, uma perche, realça a dificuldade do papel que desempenhou como realizadora. “Sempre quis ser realizadora. Gosto da parte de construir a história, de estar atrás da câmara. Mas é bastante difícil, sobretudo quando alguém não ouviu ou diz algo mal mas consegue-se ao fim de alguns takes”. Já repetente nestas andanças, encontrámos Catarina Serra, de 12 anos, que afirma gostar da área do cinema, “não sabia que dava tanto trabalho” mas profissionalmente quer ser “cozinheira”. Já o jovem de 15 anos, Henrique Somsen, “gostei muito da experiência e de perceber que há várias pessoas envolvidas, cada uma tem o seu trabalho que, no final, ajuda a formar um filme. Isso é muito giro”. Realizadores, técnicos de som, operadores de câmara, atores e atrizes de Palmo e Meio que, entre os dias 16 e 23 de junho, se revelaram verdadeiros profissionais. [cycloneslider id="2a-edicao-workshop-palmo-e-meio"]