Inauguração Centro Cultural de Cabo Verde

Inauguração Centro Cultural de Cabo Verde
Numa das artérias percorridas, em tempos, por músicos e cantores cabo-verdianos como Tito Paris, a Rua de São Bento nº 640, desde 6 de julho de 2019 inaugurou, o primeiro Centro Cultural fora de Cabo Verde.
 
A cerimónia de inauguração do Centro Cultural de Cabo Verde decorreu no âmbito das comemorações do 44º aniversário da independência do arquipélago, tendo começado a meio da tarde com uma serenata à moda de Cabo Verde, com as Mornas, a percorrerem a rua, envolvidas por dezenas de pessoas.
 
Marcaram presença o Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, o Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e Ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares. Do lado de Portugal, além da Ministra da Cultura, Graça Fonseca, esteve o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, o Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Francisco Ribeiro Telles, e o Presidente da Freguesia de Santo António de Lisboa, Vasco Morgado, entre outras personalidades.
 
O Ministro da Cultura de Cabo Verde disse no seu discurso que a ideia é que “aquele espaço da Cultura e da Comunidade Cabo-verdiana seja também um espaço aberto às outras culturas e comunidades do mundo da lusofonia”.
 
"O sonho e ambição da Comunidade cabo-verdiana em Portugal tornou-se realidade", disse o Primeiro Ministro Ulisses Correia, sublinhando que o primeiro Centro Cultural fora de Cabo Verde "só poderia" ser em Lisboa, onde existe uma forte comunidade cabo-verdiana e uma cidade "onde pulsa o multiculturalismo".
 
Graça Fonseca, Ministra da Cultura, lançou o desafio de "se aproveitar o centenário de Amália Rodrigues, que se celebra em 2020, e a proximidade entre a Casa de Amália e aquele espaço cultural, para se desenvolverem ações conjuntas que permitam elevar a "Morna" a Património da Humanidade pela Unesco.

A festa prolongou-se pela noite dentro, com a música cabo-verdiana, cantada por Maria Alice, Sara Tavares, Dany Silva, Nancy Vieira, Titina e Gardénia Benrós, entre outros.
 
Este novo espaço cultural, situado na Freguesia de Santo António de Lisboa, foi requalificado pelo Arquiteto cabo-verdiano, Ricardo Barbosa Vicente, e vai servir para promover e difundir as diferentes expressões culturais com origem, história ou relação com Cabo Verde.