Bênção de capacetes e animais de estimação da Igreja de São Mamede

Bênção de capacetes e animais de estimação da Igreja de São Mamede

Na passada segunda-feira decorreu a missa de bênção de capacetes e animais de estimação na Igreja de São Mamede, ministrada pelo padre Ismael Teixeira e com o apoio da Freguesia de Santo António.

Ao largo acorreram pessoas com cães, gatos e até um cágado. Houve ainda quem trouxesse capacetes de familiares. Na primeira fila encontramos Salvador Pimenta e a mulher. Ao seu colo, Pablo, um pequeno cão branco, espera pacientemente para ser benzido.

“O Pablo tem seis anos. Tem problemas na tiróide, epilepsia… Ninguém o queria, mas nós quisemo-lo. Viemos comemorar os dois anos da adoção dele”, diz com um sorriso Salvador Pimenta.

Esta é a terceira bênção do género organizada na igreja, uma tentativa do padre Ismael Teixeira de dinamizar o culto ao santo padroeiro deste local, São Mamede.

“Lembrei-me de ressuscitar uma prática antiga que se fazia no largo de São Mamede: a bênção de animais como cavalos, burros e bois, que antes eram usados como meio de transporte. Agora os animais da nossa cidade são de companhia, mas pensei em fazer esta ligação, uma vez que uma das marcas de São Mamede é o seu amor e relação permanente com os animais”, explica o pároco.

A inclusão dos capacetes nesta cerimónia surge do facto de as pessoas terem substituído os animais de transporte pelas motas e bicicletas, que requerem o uso do capacete. Vem também de uma questão pessoal do padre Ismael Teixeira: sendo praticante assíduo nas provas de Iron Man, e usando mota e bicicleta diariamente, o uso de capacete é-lhe essencial. Aliás, o capacete chegou mesmo a salvar-lhe a vida, num acidente que teve de bicicleta.

“Fui o primeiro padre a fazer a prova do Iron Man, sou conhecido como o Iron Priest. Há uns tempos tive um acidente e o que me salvou foi o capacete. Partiu-se ao meio, mas cumpriu a sua função, que era a de me proteger”, conta.

A iniciativa, que teve o apoio da Freguesia de Santo António, cumpriu com o distanciamento social na colocação de cadeiras, teve as entradas e saídas sinalizadas e álcool gel à entrada.