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Lisboa Wrestlefest: O Wrestling no Parque Mayer
A segunda edição do “Lisboa Wrestlefest” voltou à Aldeia Cultural de Lisboa a 13 de julho. O ringue tornou-se palco de uma dança de gigantes -com os maiores lutadores de luta livre do país - que deixou o público na corda bamba, num verdadeiro “smash” de emoções.
“Qualquer equipa que queira falar mal de nós, só temos uma coisa a dizer: vamos fazer deles kebabs humanos”. O recado da equipa Worst Generation ecoou no ringue. Não seria o único “ajuste de contas” a anteceder os combates, com início pelas 21h00. “Vamos mandar a casa abaixo.”, afirmou Damião, integrante dos Worst Generation.
Dentro do Capitólio, os atletas preparavam-se para entrar no ringue. Lá fora, a multidão não dava tréguas. A casa estava cheia para a segunda edição do “Lisboa Wrestlefest”. À espera do começo dos combates estava Nelson Pereira - Undisputed King of Crazy – que iria combater pelo seu título. “O Wrestling português já foi uma coisa muito importante. Aqui, no Parque Mayer era todas as semanas nos anos 50 e 60. Acho que o Wrestling português nunca foi tão bom como agora.”, explicou. Já lá vão os tempos em que nomes como Tarzan Taborda, Carlos Rocha e Jaimery movimentavam multidões no Parque Mayer. Agora, a modalidade está de volta à Aldeia Cultural de Lisboa. “Estou muito feliz de estramos num palco tão grande. As pessoas podem ver o quão bom o Wrestling português é.”, acrescentou ainda.
Pelas 21h00, Ricky Boy, Fausto e Pégaso deram início aos combates. Na disputa pelo tão cobiçado “Cinturão de Lisboa”, os lutadores enfrentaram-se num combate renhido. Ricky Boy, saiu vitorioso, conquistando a aclamação do público.
De seguida, João Milão e Gomes mediram forças. Mas foi Gomes o vencedor. Sobre o evento João Milão frisou: “Comecei no Wrestling nacional há muitos anos. Está cada vez a crescer mais. É a minha maior paixão. Levo sempre a minha bandeira LGBTQIA+. É importante não só representar o Wrestling nacional, mas trazer essa representação para o ringue.”.
No combate entre Nelson Pereira e X valeu (quase) tudo. Mas no fim, Nelson Pereira manteve o seu título.
Num dos confrontos mais aguardados da noite, os Worst Generation enfrentaram os Primos Veri Stu, numa disputa sem limites pelo título de “Campeões Nacionais de Tag Team”. O combate culminou num empate. Antes da disputa os Worst Generation estavam em concordância: o Wrestling nacional tem pouco reconhecimento. “O Wrestling é uma modalidade que
passa por cima da cabeça das pessoas. É uma forma de arte, conseguimos contar muitas histórias e ensinar muitas coisas, nem que seja pelo puro entretenimento.”, esclareceu Damião.
O combate final foi entre o Campeão Nacional da APW Baltazar e Paulo Cruz (Knock Out) o vencedor da Taça Conquista de Almada e do Torneio Tarzan Taborda 2024. Num confronto épico, carregado de intensidade, Paulo Cruz manteve o seu título.
A ocasião contou com a presença do presidente da Freguesia de Santo António, Vasco Morgado. “A segunda edição do Wrestlefest é a volta do que era o Parque Mayer. Estamos muito contentes. A casa está cheia, como estava antes, de uma forma diferente. Queria agradecer à Associação do Wrestlefest, que fez com que conseguíssemos tornar real mais um sonho - trazer tudo o que houve no Parque Mayer novamente.” sublinhou.
O Lisboa Wrestlefest 2024 ficou marcado por grandes talentos que continuam a definir o rumo do Wrestling em Portugal.