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O Cinema São Jorge e a Cinemateca Portuguesa recebem, de 16 a 18 de Janeiro, a 3ª edição do Festival de Cinema Bioscoop, uma mostra da cinematografia em neerlandês – língua falada na Holanda e em parte da Bélgica, popular e equivocamente conhecida por ‘holandês’. O evento pretende colmatar as raras exibições em Portugal de obras produzidas nestes dois países, para dar a conhecer a língua, a qualidade do trabalho cinematográfico e a cultura dos países em que o neerlandês é falado. Ellen Barends e Meike Lindsen, responsáveis pelo projecto,

são professoras de neerlandês e decidiram criar este festival para mostrar um pouco mais da cultura de onde vêm. A realização do evento conta com a contribuição do público através de uma campanha de crowdfunding que termina apenas dia 18 de Janeiro. Em troca, os participantes podem recceber cartazes autografados, bilhetes, livres-trânsito para o festival e até formação em neerlandês. O programa do Bioscoop é composto por 23 filmes, dos quais 8 documentários e 6 curtas-metragens – uma selecção com tónica na originalidade, humor e provocação. A organização dá destaque a três exibições: “Matterhorn” (2013) de Diederik Ebbinge, distinguido com o prémio do público em Roterdão e que vai abrir o festival em Lisboa; “Alleman” (1963 e 2013) de Bert Haanstr e “All We Ever Wanted” (2010) de Sarah Domogala, pela caracterização da sociedade holandesa, há 50 anos e agora; e “Viollet” (2014) de Bas Devos. O festival começa dia 16 de Janeiro – com uma sessão especial no dia 15, na Associação José Afonso –, prolongando-se até Domingo, dia 18, no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa. Os três dias serão preenchidos com sessões de cinema, debates, conversas com realizadores, palestras sobre língua e literatura, intervenções de artistas plásticos, música e gastronomia. É na Freguesia de Santo António, bem no coração de Lisboa.