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Marcha Lenta Contra Restrições À Circulação
No Domingo, 1 de Fevereiro, a Baixa lisboeta, nomeadamente a Av. Liberdade, foi palco de uma marcha de protesto contra a proibição de circulação de automóveis com matrículas anteriores ao ano de 2000. Tiago Nunes, organizador do evento, lançou a iniciativa no Facebook, à qual aderiram duas centenas de automobilistas que, acompanhados por viaturas da polícia, contestaram a decisão da Câmara Municipal de Lisboa de limitar a circulação daqueles veículos no centro da capital. O encontro fez-se pelas 14horas, no Parque Eduardo VII,
de onde os carros seguiram para a Avenida da Liberdade, Restauradores, Rossio, Rua do Ouro, regressando pela Rua da Prata até ao ponto de partida. As novas regras entraram em vigor no passado dia 15 de Janeiro e determinam que quem tiver um veículo anterior a 1996 e não residir em Lisboa não pode circular, aos dias úteis, na zona delimitada pelas avenidas de Ceuta, das Forças Armadas, dos Estados Unidos da América e Infante D. Henrique. Mais apertadas são as regras na Avenida da Liberdade e na Baixa, onde só os veículos construídos a partir de 2000 estão autorizados a transitar. As regras valem para os dias úteis, entre as 7h e as 21h, deixando apenas de fora algumas categorias de veículos, como é o caso dos de emergência e de pessoas com mobilidade condicionada. Em declarações ao DN, Vasco Morgado, presidente da Freguesia de Santo António – zona abrangida pelas novas restrições – alega que é “um contrassenso” a acção da CML de, para mesma zona, proibir a circulação de carros e, simultaneamente, planear novos parques de estacionamento. Para Vasco Morgado, os projectos de novos espaços de estacionamento da EMEL no Parque Mayer e Mercado do Rato só se justificaria perante um aumento do número de veículos, sendo que a CML age exactamente no sentido contrário. O presidente afirma ainda que as medidas implementadas na zona do Marquês do Pombal em 2012 podem até ter reduzido os níveis de resíduos na Avenida Liberdade, mas a verdade é que esses níveis aumentaram, em contrapartida, nos espaços envolventes, nomeadamente nas zonas mais habitacionais.