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Aos 16 anos Jamey Wasiman isola-se e sente-se inseguro com a gaguez. Os seus movimentos involuntários, os tiques, os bloqueios dificultam a sua apresentação frente ao comité de admissão na escola de desporto, onde tem um minuto para falar de si. Esta é a “Luta de Jamey”, uma curta-metragem de quinze minutos que o Festival Play em parceria com a Junta de Freguesia de Santo António organizou, na Casa da Comarca de Arganil, para refletir sobre a gaguez. “Muitos gagos deixam de estudar, alguns criam a própria empresa porque não se sentem à vontade nas entrevistas

de emprego, falar ao telefone também não é fácil. A pressão temporal é por isso um desafio para os gagos. São pessoas que se deparam com muitas limitações”. Uma ideia deixada durante o debate entre os fregueses e a convidada Helena Germano, Terapeuta da Fala. A segunda curta desta iniciativa intitulada “Quartas diferentes – Dificuldades da Linguagem” transportou os presentes para a sala de aula de “Matilde”. Uma criança surda que perante as barreiras comunicativas apresentadas conseguiu contornar a situação, através do uso das ferramentas da mãe, que é cabeleireira, e através do ténis. Dois filmes, duas realidades debatidas sobre a importância de incluir a diferença presente entre nós.