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“Bebés de Auschwitz – Nascidos para sobreviver”
Emocionante é a palavra que melhor define o final do dia 16 de março de 2016. Antecedendo a ante estreia nacional do filme “Uma história de amor e trevas” (Natalie Portman) a sala 2 do Cinema São Jorge tornou-se pequena para ouvir na primeira pessoa uma das protagonistas de “Os Bebés de Auschwitz” e a respetiva autora do livro. No âmbito do programa da 4ª edição da Judaica – Mostra de Cinema e Cultura, a presença de Hana Moran e Wendy Holden foi uma “grande alegria e orgulho” para Elena Piatok, Diretora Executivo da Judaica. Hana, nasce a 12 de abril de 1945 no campo de
Freiberg, na Alemanha após a mãe ter conseguido esconder a sua gravidez dos soldados nazis. Apesar das circunstâncias e contra as expectativas, Hana afirma que a “mãe estava interessada em viver e não sofrer”. Acrescentando que as três mães mencionadas no livro tinham a plena consciência que “sobreviveram por sorte”. A autora, na apresentação do livro, realça que apesar de não ser judia aprendeu muito sobre os judeus. "Não podemos julgar aquelas pessoas que não ajudaram os prisioneiros porque não sabemos o que é estar sob domínio nazi. E que a qualquer momento podíamos morrer se ajudássemos um desconhecido”. O contacto direto com familiares, pessoas que presenciaram o transporte de muitos destes prisioneiros (as), foi para Wendy fundamental mas também um processo “muito difícil durante a pesquisa e a escrita. Ainda hoje me emociono”. E perante esta pausa da autora foi difícil não se emocionar mais uma vez, recebendo por parte dos presentes o carinho e a compreensão de uma história inimaginável. Uma conversa moderada pela historiadora Cláudia Ninhos. [cycloneslider id="bebes-de-auschwitz-nascidos-para-sobreviver"]