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Lisboa Judaica - visita guiada
Estamos em abril de 1506, durante as celebrações da Páscoa, onde cerca de dois mil (ou mais) cristãos-novos foram mortos em Lisboa e queimados no Rossio. Reinava então D. Manuel, o Venturoso, e os frades incitavam o povo a matar, acusando os cristãos-novos de serem a causa da fome e da peste que fustigavam a cidade. Um retrato histórico difícil de imaginar em pleno século XXI. Mas é esse recuar no tempo que é pedido a todos aqueles que se encontram junto à Igreja de São Domingos para participar na visita guiada, organizada pela Oui Go Lisbon, pela “Lisboa Judaica: Ao encontro do último cabalista de Lisboa”. Um passeio inserido no evento da Judaica – Mostra de Cinema e Cultura, apoiado pela Freguesia de Santo António, cuja adesão ultrapassou as inscrições inicialmente previstas. Uma explicação que para Andreia Salvado, responsável pela visita, deve-se a dois fatores. Por um lado temos as pessoas que “efetivamente leram o livro (“O último cabalista de Lisboa”) e sentem este interesse pelo povo judeu. E tentam perceber a reconstituição do percurso e conhecer a Lisboa que vemos na obra de Richard Zimler. Depois há também o interesse por uma temática que não é muito explorada e há muitas pessoas que não são judeus mas que têm descendentes. E ao longo do percurso vão comentando comigo. Há assim essa memória afetiva mas que também é coletiva", conclui Andreia. Do Rossio, para uma loja de câmbio onde o grupo é presenteado com uma imagem da cidade no século XVI, passando pela Rua dos Douradores para depois terminar na Igreja de São Miguel, em Alfama. Um passeio de duas horas que ajudou a perceber a presença judaica na cidade de Lisboa. Belmonte e Castelo de Vide, localidades que se associaram, este ano, ao evento da Judaica, têm também passeios guiados pelas sinagogas e museus como forma de dar a conhecer a sua história. Conheça o programa aqui - http://media.wix.com/ugd/a80b24_df1aaf4391f7407fbb0d2eeb03dadf83.pdf [cycloneslider id="lisboa-judaica-visita-guiada"]