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Igreja de São José dos Carpinteiros: Casa dos Vinte e Quatro é inaugurada esta sexta-feira
No dia 26 de junho o presidente da Junta de Freguesia de Santo António, Vasco Morgado, esteve presente na inauguração da Casa dos Vinte e Quatro juntamente com o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e o cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente.
Fundada em 1383, a Casa dos Vinte e Quatro foi a primeira assembleia municipal com poder deliberativo, onde se reuniam dois representantes de cada uma das 12 corporações oficiais da cidade. Agora, o espaço pertencente à Igreja de São José dos Carpinteiros ganha uma renovação que a traz de volta à cidade de Lisboa.
“Ter de novo a Igreja de São José dos Carpinteiros aberta com a dignidade que ela merecia é um marco importante para a história da freguesia, porque aqui já se fez muita história de Lisboa”, afirma Vasco Morgado.
O presidente da Junta de Freguesia acrescenta ainda que “existem [planos por parte da freguesia para usar este espaço]. Ficámos com salas para fazer exposições com pequenos colóquios, por exemplo, em que a Igreja de São José dos Carpinteiros se enquadra na perfeição”.
Dentro das várias obras feitas em Lisboa, Fernando Medina defende que esta tem “um carácter único e excecional”: “A história [deste espaço] é de todas a mais antiga, e do ponto de vista simbólico, de longe a mais importante, porque não só se liga com vários momentos da história da cidade de Lisboa, como se liga indelevelmente com a governação da cidade”, afirma o autarca.
A inauguração serviu ainda para homenagear o freguês Gonçalo Ribeiro Telles, reconhecido arquitecto paisagista português, responsável, entre outros projetos, pela criação dos jardins da Fundação Gulbenkian. Na sala dos Vinte e Quatro encontra-se uma exposição sobre a sua carreira intitulada “O mestre da paisagem”.
E é ao relembrar a importância do trabalho de Ribeiro Teles para o traçado ambiental lisboeta que António Costa afirma que “não há ninguém que possa estar no espaço político sem considerar a opção ambiental. Faz parte, transversalmente, de qualquer opção política, mas a verdade é que não foi sempre assim. E foi graças a Gonçalo Ribeiro de Telles que passou a ser assim”.