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A Freguesia de Santo António, no dia 29 de setembro, celebrou o seu nono aniversário, o presidente Vasco Morgado lembrou como tudo começou, através de um discurso nas redes sociais da freguesia.
“Ela consolidou-se, cresceu, modernizou-se. Eu aprendi, fiz, errei, fiz de novo e quero sinceramente pensar que fiz melhor por este território que me é tão familiar como as minhas mãos”.
Uma freguesia hoje bem “moderna, dinâmica, com projetos de todos os tipos a acontecer (...). E hoje, no seu aniversário, e como seu presidente desde que nasceu, estou aqui para, em nome de toda esta família de quase 12.000 pessoas dizer bem alto:
PARABÉNS SANTO ANTÓNIO. PARABÉNS A NÓS. PARABÉNS A LISBOA.
No dia 28 de setembro, a Freguesia de Santo António foi convidada pelo Instituto de Beleza Neide Valentim, sedeado na rua de Santa Marta, 16, para um dia aberto às nossas freguesas.
“Desde as 10h que estamos a receber pessoas e vamos cá estar até às 18h. Está a ser um dia muito bom. Estamos de coração cheio. As clientes estão a gostar, mas nós também”, conta-nos Denize uma das funcionárias do espaço.
Um dia recheado de mimos e afetos, que se traduziram no cuidado do cabelo (corte e brushing) e tratamento de mãos e pés. E, para muitas freguesas foi um dia emocionante, porque “há muito que não vinham ao cabeleireiro”.
Cerca de 20 pessoas participaram neste dia aberto neste espaço que existe há oito anos na Freguesia de Santo António. E como forma de agradecimento pelo gesto do Instituto de Beleza Neide Valentim, os serviços da Ação Social ofereceram um ramo de flores.
O dia 15 de setembro, era há muito esperado pelas crianças e pelos pais, afinal é o início das aulas. E se para uns foi sinónimo de uma escola nova, de um mundo ainda por descobrir, para outros foi a oportunidade de rever os amigos e os professores.
O início do ano letivo é também sinónimo de comprar material escolar e, como forma de ajudar a minimizar as despesas familiares, o departamento de Educação da Freguesia de Santo António preparou cerca de 300 kits escolares.
E é na sala dos mais novos, do jardim de infância da Educadora Sandra Caetano, que é explicada a oferta da freguesia:
“Meninos hoje a Freguesia de Santo António tem uma surpresa para vocês: uma será para levar para casa e a outra fica na escola”. Todos quiseram saber o que iriam levar para casa: “é uma garrafa para beber água”, disseram entusiasmados enquanto estavam sentados na sala com as pernas à chinês. Uma dessas crianças era a Maria Pilar, pela primeira vez na EB1/JI São José, e que gostou muito da garrafa onde podia escrever o seu nome.
Já na sala do primeiro ano, as canetas de filtro deixaram a Olívia, de 6 anos, muito contente. “Eu gosto muito de receber material escolar, mas “adoro canetas de filtro, mas ainda pinto só com lápis de cor”.
“Esta é uma ajuda preciosa neste mês de setembro no qual as despesas são muitas, e por isso, prepararmos estes kits escolares para as nossas duas escolas”. Afirma o presidente da Freguesia de Santo António, Vasco Morgado.
Os kits escolares de 2022/2023 tinham os seguintes materiais:
Jardim de Infância:
- Um boné;
- Uma garrafa de água.
1.º e 2.º anos:
- Dois cadernos de linhas de capa preta;
- Afia com depósito;
- Borracha;
- Canetas azul, verde, preta e vermelha;
- Cola batom;
- Lápis de cor;
- Canetas de feltro;
- Lápis de carvão;
- Tesoura;
- Régua de 20 cm.
3.º e 4.º anos:
- Caderno de linhas de capa preta;
- Caderno quadriculado de capa preta
- Compasso;
- Esquadro;
- Régua de 20 cm;
- Transferidor;
- Afia com depósito;
- Borracha;
- Canetas azul, verde, preta e vermelha;
- Cola batom;
- Lápis de cor;
- Canetas de feltro;
- Lápis de carvão;
- Tesoura.
Na primeira semana de setembro os nossos seniores regressaram, passados dois anos, à Praia do Tamariz para conversas, mergulhos, banhos de sol e memórias que aquecem o coração durante o inverno.
“Venho sempre a estas férias e acabo sempre muito feliz por ter vindo! Agradeço ao senhor presidente e aos seus funcionários, que são todos maravilhosos”, diz-nos Maria Coutinho. “Eu senti muita falta destes passeios nestes dois anos, foram terríveis. Os convívios fazem muita falta”.
Devido à pandemia por COVID-19, o Verão Sénior esteve interrompido nos anos de 2020 e 2021, deixando muitas saudades: “Chegamos a uma certa altura em que o convívio começa a falhar e estes passeios mantêm-nos ativos”, conta Antónia Sordero.
O sol esteve tímido durante a manhã, mas os nossos jovens da idade de ouro não deixaram de aproveitar o areal e o mar da praia, com caminhadas, mergulhos e muitas conversas. As tardes foram passadas entre a Fábrica da Pólvora, a Aldeia Típica José Franco e o Parque dos Poetas. Contudo, o que mais marcou os participantes foi a tarde passada na Casa da Comarca de Arganil: “Achámos linda toda a homenagem a Laura Alves, o pessoal da junta todo pronto para nos receber. O que mais nos tocou foi mesmo ver o pessoal da junta, que não conhecemos, simpático, esforçado e empenhado para nos receber”, conta o casal Zélia e João Machado.
O Verão Sénior terminou com a certeza que, sempre que seja possível, voltaremos aos passeios, ao convívio, à conversa e às histórias partilhadas.
O mar estava favorável, tal como o vento para a prática de surf na praia do Castelo, na Costa da Caparica. Difícil foi mesmo vestir os fatos para muitas das nossas crianças e jovens inscritos no programa das “Férias Grandes”, da Freguesia de Santo António. Divididos por idades, cada grupo foi responsável por transportar as suas pranchas até à beira mar para ouvir as principais regras.
“A primeira lição é o respeito ao mar, não se aventurarem muito. O cuidado a terem uns com os outros e com as pranchas”, estas foram as primeiras explicações de Rafael Gonçalves da Duckdive Nature Sports. E já com a prancha na areia, cada um treinou melhor a posição do corpo, os movimentos a fazer, para depois se aventurarem nas ondas.
O Gil, com apenas seis anos, e pela primeira vez nestas férias, não mostrou qualquer receio. “Gostei muito andar de prancha e consegui apanhar ondas”.
Outra atividade e novidade deste programa de 2022 foi a canoagem e o snorkeling, na Arrábida. “Com um número de crianças tão pequenas temos que jogar pelo seguro, e quando preparamos uma atividade destas, temos que ter em conta uma série de fatores. Desde o vento, ao equipamento de segurança”, explicação de Rudy Lopes, da Arrábida Experience.
Os três turnos tiveram ainda a oportunidade de aquecer bem os braços e as pernas com um jogo de ténis no Centro Desportivo Nacional do Jamor. Bem como passar um dia em cheio nas Piscinas Recreativas Municipais de Montemor o Novo, algo sempre muito esperado por todos.
Mas entre tanta aventura, a escolha do pequeno Pedro recai na tarde em que pedalou no Fun Track, numa das maiores pistas de patinagem da nossa cidade. “Gostei dos karts, porque gosto de conduzir. Com apenas cinco anos revelou-se um apaixonado pela condução, apesar de saber que não pode “conduzir numa estrada de verdade”.
Numa das tardes passadas a usufruir dos jardins da cidade, os nossos jovens foram uns verdadeiros exploradores no Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, onde exploraram e descobriram diferentes espécies.
“Acho que tivemos atividades bastante interessantes: a escalada, no Fun Parque, a canoagem...Os miúdos divertiram-se muito e já tivemos crianças a dizer que “não queriam que as férias acabassem”. Um bom sinal para quem, como a Sara Santos, de 19 anos, foi monitora deste programa.
As Férias Grandes decorreram de 4 de julho a 12 de agosto. E, para quem já conhece este programa e os nossos monitores, sabe que no último dia de praia “podemos comer bola de Berlim!!!”
Vamos levar os nossos seniores a Puerta de la Cruz (Tenerife) de 10 a 17 de setembro.
As inscrições estão abertas, até ao dia 12 de agosto, e são feitas apenas no polo da freguesia na rua Alexandre Herculano, nº46 R/C Esq. Limitadas às vagas existentes.
Os documentos a apresentar: cartão de cidadão, certidão de eleitor e comprovativo de IRS.
Nesta viagem está tudo incluído (avião, hotel e refeições) e a comparticipação é mediante os rendimentos.
As inscrições para o Verão Sénior 2022 já estão abertas! Até ao dia 12 de agosto, dirija-se a um dos seguintes locais, das 09h00 às 18h00:
- Rua Alexandre Herculano, 46;
- Calçada do Moinho de Vento, 3.
Documentos a apresentar: cartão de cidadão e comprovativo de IRS. Inscrições limitadas às vagas existentes.
As atividades serão nos dias 5 a 9 de setembro, com praia e muito passeio.
Partida dos autocarros:
Largo de São Mamede - 8h15
Teatro Tivoli BBVA - 8h30
Inscreva-se. Comparticipação mediante rendimentos.
Partida dos autocarros:
Largo de São Mamede - 8h15
Teatro Tivoli BBVA - 8h30
Inscreva-se. Comparticipação mediante rendimentos.
Era habitual ouvir o Jazz em espaços de diversão noturna, em clubes, hotéis e restaurantes. O Parque Mayer foi um dos palcos que recebeu de braços abertos este novo estilo musical afro-americano. E para recuperar esta cumplicidade, nas comemorações do centenário do Parque, a música voltou a ouvir-se.
As sextas-feiras do mês de julho ficaram marcadas por concertos que davam as boas vindas ao fim de semana! Às 21h30 ouviram-se os acordes dos mais variados estilos de música.
Começámos os concertos em português com os Namorados da Cidade levando o público a viajar pelas décadas de 60, 70 e 80. Uma semana depois, a 8 de julho, a banda Violets are Blues subiu ao palco do Pavilhão Portuguez.
O silêncio depois tomou conta do espaço com Fados no Parque.
“As fadistas Tânia Oleiro e Beatriz Felício prepararam um concerto com o repertório do Fado Tradicional com especial enfoque em temas alegres, conferindo um ambiente festivo a este concerto”, disse-nos Joana Esparteiro, do grupo Fados Fora de Portas.
“A Fados Fora de Portas já aqui produziu outros concertos, levando o Fado à Freguesia de Santo António. Esta freguesia tem para nós um especial encanto uma vez que promove ativamente concertos de Fado apresentando-o com muita qualidade aos moradores e visitantes destes locais”.
Também o Jazz marcou presença nestas celebrações com a banda Long Ago and Far Away: “Executámos alguns dos mais emblemáticos temas compostos e/ou gravados pelos saxofonistas Hank Mobley e Sonny Rollins”, conforme conta Bruno Santos.
Esta série de concertos terminou na noite de 29 de julho com a atuação da banda Namorados da Cidade, no palco do Pavilhão Portuguez, que acabaria também por encerrar as comemorações do Centenário do Parque Mayer.
Nos anos de 1986 e 1987, Lauro António, cineasta português, apresentou-nos a série “A Paródia”, que passava na RTP1. Nesta série de programas documentais e recreativos dedicados a grandes figuras do cinema e do teatro, o objetivo era divertir ao mesmo tempo que se ensinava.
À conversa com Frederico Corado, filho de Lauro António, este conta-nos: “Quando o Vasco Morgado me falou do centenário do Parque Mayer, uma das primeiras coisas que eu lhe propus foi passar esta série que o meu pai fez e à qual estou muito ligado”. Grande parte dos programas foram gravados em sua casa e tem na sua memória vários depoimentos de nomes bem conhecidos, como Herman José.
“Fiquei muito ligado a esta série, assim como estou muito ligado ao Parque (Mayer) por vários motivos. Acho extraordinário passar estes episódios aqui, neste cenário, e devolver, desta forma, a voz aos atores que aqui trabalharam e que, infelizmente, já não estão cá”, diz-nos Frederico.
Nestas semanas de celebração, vários foram os programas transmitidos, homenageando nomes como Laura Alves, Costinha, Vasco Santana ou Beatriz Costa. Num ambiente que misturou a nostalgia e a esperança, ouvir a voz de quem passou tanto tempo no Parque mostrou como não devemos deixar que acreditar neste espaço mágico da nossa cidade.
As quartas-feiras do mês deste julho trouxeram ao Teatro Maria Vitória conversas recheadas de memórias e boa disposição com as pessoas que cresceram, trabalharam e passaram bons momentos no Parque Mayer. Com o presidente Vasco Morgado como moderador, muitos foram os convidados que se sentaram para partilhar momentos de uma vida.
“Estes são momentos de partilha de emoções, de reviver histórias e um passado que foi muito feliz aqui neste espaço”, diz Vasco Morgado. “Quando entrei aqui na inauguração desta celebração, o que me veio à memória foi a última Revista que fiz aqui”, conta Joel Branco, convidado da primeira tertúlia, juntamente com Natalina José, Maria Tavares e José Carlos Mascarenhas.
“O que se espera desta conversa é que seja divertida, que passemos um bom momento a contar histórias deste espaço mágico”, diz-nos Vera Mónica, convidada de uma das tertúlias com José Raposo e Carlos Cunha. “O bom de esta sessão ser com estas pessoas, é que são meus amigos. São pessoas com quem partilhei grande parte da minha vida e com quem tenho muitas memórias felizes e divertidas”, conta Carlos Cunha.
Mas nem só do passado do Parque Mayer se falou nestas tertúlias. A 16 de julho, Frederico Corado, André Murraças, Miguel Dias e Gonçalo Oliveira conversaram sobre o futuro do Parque, sobre o seu regresso e a luta que não deixarão cair por terra. “Tem que existir mais investimento e mais programação. Não ter medo de fazer programação e investir em novas pessoas”, afirma André Murraças.
A 20 de julho, Hélder Freire Costa, Flávio Gil e António Homem Cardoso juntaram-se e Flávio afirma que “nos compete a todos chamar à responsabilidade de quem decide e pedir que assumam o compromisso de fazer cumprir o projeto que está pensado”.
A última sessão aconteceu no dia 27 de julho, com Rita Ribeiro e António Casimiro. “A minha primeira memória do parque é de quando tinha uns sete anos e tinham inaugurado um tapete rolante. Havia um cinema no terraço no Capitólio, que era uma novidade, existir cinema ao ar livre!”, recorda António Casimiro. Já Rita Ribeiro, recorda que o seu primeiro contacto com este espaço foi quando veio assistir pela primeira vez com a sua mãe a uma peça de Teatro de Revista ao Teatro Variedades!
Destas tertúlias, fica o sentimento de união que permite que todos consigam sonhar com um recuperar do Parque Mayer e da sua magia!
Foi inaugurada no dia 14 de julho a exposição "A Raíz do Plano", inserida no ciclo BACS ARQ.
"Acho que esta é uma iniciativa excelente porque traz as pessoas aos espaços que existem e que nem sempre conhecem", conta-nos Helena Vieira, parte da dupla de arquitetos que fundou o atelier Plano Humano Arquitectos.
"O nosso atelier tem cerca de 14 anos e esta exposição é uma oportunidade gira e interessante de pararmos um pouco e analisarmos o nosso trabalho. Visitámos os nossos projetos e selecionámos cinco caracterizam o nosso percurso ao longo destes anos", disse Pedro Vieira.
A exposição “A Raíz do Plano”, pela primeira vez na Freguesia de Santo António, leva-nos a conhecer o atelier Plano Humano Arquitectos, os seus trabalhos e a sua forma de estar. Os seus projetos estabelecem programas diversificados, desde o residencial, ao comercial, passando também pelo religioso, onde os materiais naturais assumem um papel preponderante na caracterização das suas obras.
Inserido no ciclo BACS ARQ. da Biblioteca Arquiteto Cosmelli Sant’Anna (BACS), da Freguesia de Santo António, a exposição “A Raíz do Plano”, apela aos sentidos dos seus visitantes, como procura ser uma abordagem à forma de pensar a arquitetura.
Visite até do dia 23 de setembro!
“Luz?”
“Ok!”
“Som?”
“Ok!”
“Câmara?”
“A gravar!”
“Claquete?”
“Cena 1, take 1!”
“AÇÃO!”
O Cinema de Palmo e Meio regressou e os nossos jovens cineastas voltaram mais uma vez com vontade de aprender e criar histórias: “Este ano as histórias foram criadas em grupo e as ideias foram surgindo mais facilmente”, conta-nos Catarina Oliveira, que já tinha participado no workshop anterior. “Aprendi muitas coisas e recordei algumas que já me tinha esquecido. É uma área que gosto muito e que provavelmente vou querer trabalhar quando crescer”, disse. Durante três dias, os participantes puderam aprender como se realiza um filme: Desde a escrita do guião à noção dos diferentes planos, passando pela importância da luz, som e de todos os intervenientes! “Adorei o resultado final! Foi muito interessante perceber a quantidade de pessoas que são precisas para se fazer um filme”, disse-nos a Inês Godinho, que não se esqueceu da importância que estes dias tiveram também para conhecer novas pessoas e fazer mais amigos. Algo que foi também reforçado pelo Eduardo das Neves, que saiu deste workshop a saber lidar e relacionar-se melhor com os outros. Quando, no último dia, viram o resultado final, foi unânime: Adoraram! “O filme ficou muito engraçado”, segundo a Catarina. Já a Leonor Candimba, que também ficou muito feliz, diz que adorou “os efeitos sonoros”. E assim se passou mais uma edição do Cinema de Palmo e Meio, que regressa para o ano, sempre com a vontade de trazer o cinema para a vida dos mais novos!
No dia 9 de julho o Parque Mayer foi palco, 40 anos depois, de um evento de boxe, que marcou o regresso da modalidade a um espaço onde era presença assídua nos anos de 1940 e 1950 e mais tarde na década de 70. "Tinha uma expectativa alta em relação ao evento, ainda assim, superou o número de pessoas presentes que estava à espera", disse-nos Pedro Matos, organizador do evento em parceria com a Freguesia de Santo António.
José Carlos, sentado numa das cadeiras mais próximas do ringue, assistia aos combates com a emoção de quem queria muito este regresso: “Era uma das atividades que mais fazia em conjunto com o meu pai. Vir ao Parque Mayer e assistir a isto, tantos anos depois, é voltar ao passado e à minha infância e adolescência. As memórias são muitas e todas estão hoje aqui presentes”.
Num momento onde, além dos combates profissionais, se homenagearam antigos atletas, Pedro confidenciou-nos que "foi espetacular. Era algo que já tinha em mente concretizar há algum tempo. Agradeço todo o apoio e confiança da Junta de Freguesia nesta iniciativa e em realizá-la no centenário do local. Foi ainda mais especial".
O atleta contou-nos que gostaria de conseguir trazer ao Parque Mayer eventos de boxe com maior regularidade. "O boxe nacional ganharia muito e sem dúvida que iria trazer muita "vida" ao local".
Nesta tarde de sábado, mais de 500 pessoas estiveram no Parque Mayer a assistir a este evento, todas com a sensação que se cumpriu um desejo já antigo: O boxe regressou ao parque!
“Espero que se consiga reerguer o Parque Mayer e que se consiga também trazer as atividades e a vida que este espaço tinha. Quero acreditar que esta celebração dos seus 100 anos marca uma viragem na forma como se olha este espaço e que mais pessoas acreditem no seu potencial e na importância de o trazer de volta”, diz Frederico Santos, um dos espectadores que não quis faltar a este dia.
Uma peça que escapa à perfeição onde a memória e a sua perda nos conduzem ao encontro de “Miquelina e Miguel”, que esteve em cena no Teatro do Bairro Alto (TBA).
No dia 6 de julho levámos os nossos fregueses a assistir a um encontro único, carinhoso, onde a dança, o absurdo e a fragilidade são vividas entre o coreógrafo Miguel Pereira e sua mãe, Miquelina da Costa Frederico.
“Quando comecei a ver a peça pensei que aqueles atores tinham má dicção e estavam mal colocados. Fiquei triste porque não sabia nada da história. Mas no desenrolar da peça, fui percebendo que aquela senhora não era atriz. Achei a ideia fantástica. Uma pessoa sem escola de teatro, sem experiência e num processo de demência, fazer aquele quadro de mãe e filho. Achei muito interessante”. Confessa-nos Maria Beja, uma das freguesas que usufruiu do bilhete dado pela nossa Freguesia de Santo António.
Ao início, ficamos a saber que Miquelina nasceu perto de Tomar e que aos cinco anos foi para Moçambique com os pais e irmãos. Aí encontrou o amor, casou, e teve dois filhos, Miguel e Magda, que vieram para Portugal, viver com familiares, em 1976, em resultado da independência de Moçambique. Os pais só chegaram quatro anos depois. Nos últimos anos, Miquelina tem vivido com diagnóstico de demência.
“Aqui deixamos transparecer a nossa vida, pessoal e coletiva (...) procuro tornar palpável e mais partilhável o afeto em toda a sua complexidade, a estranheza e a paradoxalidade de tantas situações que vivemos ao longo da vida”, afirma Miguel que nem teve a ideia de criar esta peça, surgiu de Laura Lopes, programadora de artes performativas do TBA.
“Houve vários momentos que me marcaram: a reação da senhora quando tenta dançar o tango e já não tem pernas para aquilo. Há outra parte quando aparece um flash do filme “Tempos Modernos” de Chaplin, ela tem uma reação engraçada que lhe despertam memórias antigas. Foram dois momentos que achei empolgantes”, concluí Maria Beja.
A peça esteve em cena de 05 a 07 de julho no TBA, na nossa freguesia.
Fez parte e impôs-se na história e cultura da cidade de Lisboa como local de divertimento e catedral da revista e do lazer. Inaugurado no ano de 1922, o Parque Mayer rapidamente se afirmou como um centro de teatro e revista.
A 1 de julho de 2022, dia em que o Parque Mayer inicia a celebração do seu Centenário, com uma programação da Junta de Freguesia de Santo António de Lisboa, da Câmara Municipal de Lisboa e da EGEAC, muitos foram aqueles que vieram ao Parque homenagear os artistas, o teatro, mas acima de tudo a cultura.
Um dia que começou bem cedo com uma emissão especial por parte da RTP que esteve em direto com os apresentadores Tânia Ribas de Oliveira e Carlos Malato. “Foi um privilégio muito grande ter estado aqui. Lembro-me muito bem de vir ao Parque Mayer com os meus avós quando era pequena”, afirma Tânia no final da emissão e satisfeita por encontrar vontade no futuro deste espaço.
Um “espaço mágico” para Vasco Morgado, Presidente da Junta de Freguesia Santo António, que ao lado do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, inauguraram duas exposições documentais, uma na Praça dos Restauradores outra no recinto do Parque, que nos contavam a história dos 100 anos deste polo cultural.
“O Parque já merecia isto. Isto é um pontapé de saída para voltarmos a ter o Parque Mayer e a devolvermos às pessoas, a Lisboa e a Portugal. O Parque Mayer não é só de Lisboa, é português, é de Portugal, é de nós todos, é dos artistas (...). Tenho a certeza que desta vez vamos conseguir ter um polo de cultura, de ensino e de ciência. Nós queremos e merecemos um Parque Mayer 2.0. Viva o Parque Mayer”, palavras emocionadas do Presidente Vasco Morgado no palco do Pavilhão Portuguez, uma réplica criada para estes cem anos.
Já Carlos Moedas afirma que o “Parque Mayer não vai morrer, vai renascer. Nós vamos conseguir dar a volta e vamos conseguir trazer o Parque Mayer para outro patamar. Um patamar da inovação (...). Olhar fora da caixa e pensar o que é o futuro, e trazer esse futuro para dentro do Parque Mayer. Estamos comprometidos para mudar”.
Uma mudança que pretende voltar a posicionar o Parque Mayer como um espaço de cultura de referência na cidade de Lisboa.
CULTURA MEDALHADA
Memórias… Partilhas … marcaram o final deste primeiro dia de comemoração do Centenário do Parque Mayer. A tarde terminou com a homenagem a Marina Mota, a Carlos Cunha, a Fernando Mendes, a José Raposo e a Vera Mónica, pela Câmara Municipal de Lisboa, com as Medalhas Municipais de Mérito Cultural.
Para o Presidente Carlos Moedas, a Marina Mota “é uma das melhores atrizes deste país. Uma dedicação e força de trabalho. E ela faz tudo e não tem medo de fazer tudo. Por isso é um gosto pessoal dar-lhe esta medalha cultural da nossa cidade”. A atriz visivelmente emocionada afirma que mais importante do que a medalha foi “o gesto da presidência da Câmara. Achei brilhante o seu discurso quando recordou os tempos em que a sua família o trazia aqui ao Parque e lembrar que os atores são uns lutadores. E digo que ele (Carlos Moedas) também o é, ao querer fazer do Parque Mayer o 2.0. A ele quero dar-lhe a medalha do meu coração e agradecer-lhe eternamente este gesto”.
Carlos Cunha foi outro dos homenageados que Carlos Moedas referiu como “uma pessoa que quando olhamos para ele vemos o seu coração por ser tão transparente”.
Um gesto que o ator só podia agradecer: “esta medalha não é só para nós, é para muitos atores. Há muita gente que manda e nos podia tratar como pessoas e que nos ignora. E por isso este gesto, enche-nos de orgulho, não só pela medalha, mas pela forma como fomos tratados. Obrigado”.
Muito feliz por estar neste Centenário e nesta homenagem estava Fernando Mendes que “há 59 anos que venho para aqui. Tive a sorte de me estrear aqui, por isso este espaço tem muito significado. Lembro-me do Parque Mayer antigamente, claro que nada é igual, tudo muda. Mas sinto-me muito feliz por termos ainda a Junta de Freguesia que se empenha muito em fazer algo por este espaço (...) e agora receber uma medalha da Câmara Municipal de Lisboa fico sem palavras, mas grato para a vida toda por terem esse carinho comigo”.
“As palavras são poucas para dizer a admiração que tenho” confessa o Presidente Carlos Moedas quando se refere a José Raposo, outro dos atores homenageados, que partilhou esta sua medalha com a atriz Maria João Abreu.
Por fim, o agradecimento a Vera Mónica “por aquilo que sempre foi e por tudo aquilo que fez”, como referiu Carlos Moedas. Uma atriz que quando chega a Lisboa, é o Teatro Capitólio que a recebe na sua estreia na comédia A Menina Alice e o Inspector.
“Eu conheci o Parque Mayer cheio de luzes, cheio de tudo, cheio de gente e cafés. E esperemos que o Parque Mayer 2.0 vá para a frente, porque fica aqui um polo de cultura no centro da cidade”, conclui a atriz.
O Parque Mayer foi durante todo os mês de julho o ponto de encontro de várias iniciativas.
No dia 27 de junho, realizou-se a reunião de apresentação do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL) com a presença de Vasco Morgado, Presidente da Freguesia de Santo António, Carla Salsinha, Presidente da Direção da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS), Filipa Roseta Vereadora com o pelouro do Plano Geral de Drenagem de Lisboa e Silva Ferreira, coordenador da equipa do Plano Geral de Drenagem de Lisboa.
A reunião de esclarecimento decorreu na UACS e foi organizada pela Junta de Freguesia de Santo António, Câmara Municipal de Lisboa (CML), a União de Associação do Comércio e Serviços (UACS) e a Associação Avenida.
O PGDL traduz-se num conjunto de ações para proteger Lisboa, uma vez que as situações de inundações são frequentes, em particular em zonas críticas como a Rua de Sta. Marta/S. José, a Baixa e Alcântara. Estes fenómenos têm tendência a agravar-se devido à crescente ocupação do território e ao efeito das alterações climáticas.
Face a esta realidade é de extrema importância implementar soluções que eliminem/reduzam os impactes sociais, económicos e ambientais associados às cheias e inundações.
- Como vão funcionar os túneis de drenagem?
Estes túneis irão captar a água recolhida nos 2 pontos altos (Monsanto e Chelas), bem como em pontos adicionais de captação, ao longo do seu percurso, nomeadamente Av. da Liberdade, Sta. Marta e Av. Almirante Reis, conduzindo todo esse volume de água ao rio (Sta. Apolónia e Beato). Desta forma é desviada a água que provocaria cheias e inundações, nos locais críticos de Lisboa, em picos de chuva.
- Quais as intervenções na área da nossa freguesia?
- Intervenções na Av. da Liberdade com Rua Alexandre Herculano:
- Terá duas áreas distintas que se sobrepõem num curto período de tempo (aproximadamente 4 meses).
- No lado nascente, será construído o poço de vórtice daí a sua maior área de implantação. Estão garantidos acessos às garagens, estacionamentos reservados a mobilidade reduzida e lugares de estacionamento exclusivo a moradores.
- Os passeios laterais junto aos edifícios ficam livres. A calçada artística será levantada, catalogada e a sua reposição será feita com o apoio dos Mestres Calceteiros.
- Intervenções na Rua de Santa Marta com a Rua Barata Salgueiro:
- Numa primeira fase, vai ocorrer um corte de trânsito da Rua de Santa Marta onde a circulação viária será desviada para a Travessa de Santa Marta. O acesso às garagens, zona de cargas e descargas, ao Hospital de Santa Marta, serviços e comércio e praça de táxis será garantido.
- Numa segunda fase, o trânsito será reposto em toda a extensão da Rua de Santa Marta e cortado na Rua Barata Salgueiro, entre a Rua Rodrigues Sampaio e a Rua de Santa Marta. O trânsito será desviado pela Rua Rodrigues Sampaio seguindo para a Rua Alexandre Herculano e retomando no início da Rua de Santa Marta.
Apesar de o principal objetivo ser desviar caudais excessivos, a construção dos túneis vai ter também em consideração 3 questões ambientais de relevo:
- Bacias Antipoluição - Estas bacias antipoluição irão captar e armazenar as primeiras águas da chuva (as mais poluídas por trazerem os resíduos depositados na superfície dos pavimentos) conduzindo-as posteriormente às fábricas de água (ETARs), já com um prévio tratamento de decantação. Desta forma será possível aumentar significativamente os volumes de água já tratada que são conduzidas ao rio Tejo, minimizando os seus níveis de poluição.
- Utilização de Água Reciclada - Outra vantagem na construção destas estruturas será a possibilidade de se utilizar água reciclada para lavagem de pavimentos, regas e incêndios. Isto será possível porque, nos túneis, será construída tubagem que conduzirá a água reciclada (das fábricas de água até às bacias antipoluição em sentido inverso ao da drenagem). Esta água reciclada será reservada em depósitos independentes, dentro das bacias antipoluição que por sua vez alimentarão os marcos de água reciclada a instalar na cidade (estruturas de cor roxa, distintas dos atuais hidrantes vermelhos, abastecidos com água potável).
- Central mini-hídrica sustentável - Na Bacia antipoluição de Monsanto/Campolide vai-se construir um compartimento onde, posteriormente, se pode garantir um caudal mínimo de água do Caneiro de Alcântara a ser conduzida por tubagem própria dentro do Caneiro, que poderá alimentar uma central mini-hídrica contribuindo para a redução significativa do consumo de energia elétrica na Fábrica da Água através desta Central sustentável.
Esta é uma obra que pela sua dimensão e duração terá um impacto no dia a dia da cidade. Vão ser sete frentes de trabalho que, inevitavelmente, irão ter algum impacte negativo na cidade, pelos constrangimentos na circulação/ tráfego que irão causar.
Os locais são os que abaixo se enumeram (datas estimadas):
- Campolide (junho 22 – janeiro 25)
- Avenida da Liberdade (setembro 22 – maio 24)
- Rua de Santa Marta / Rua Barata Salgueiro (julho 22 – junho 24)
- Avenida Almirante Reis / Rua Antero de Quental (setembro 22 – julho 24)
- Santa Apolónia (junho 22 – janeiro 25)
- Chelas (junho 22 – janeiro 25)
- Beato (junho 22 – janeiro 25)
Mais informações sobre o Plano Geral de Drenagem de Lisboa em: https://planodrenagem.lisboa.pt/
No dia 27 de junho, pelas 18h, na UACS, realiza-se uma reunião de apresentação do Plano Geral de Drenagem de Lisboa.
O início da construção dos Túneis de Drenagem de Lisboa no âmbito do Plano Geral de Drenagem de Lisboa vai ser uma realidade muito em breve.
No princípio do verão, iniciar-se-ão os trabalhos de instalação dos diferentes estaleiros de obra. Trata-se de uma obra que irá preparar a cidade para os fenómenos extremos provocados pelas alterações climáticas e terá um impacto significativo no quotidiano de Lisboa. A duração prevista da obra será de dois anos.
Contudo, haverá zonas da cidade de Lisboa que serão mais fortemente afetadas do que outras, como é o caso da Avenida da Liberdade e ruas adjacentes.
Contamos com a presença de todos para que possam perceber a obra, os seus contributos, os constrangimentos, os locais abrangidos e o impacto que terá na vida empresarial.
Uma reunião organizada pela Junta de Freguesia de Santo António, Câmara Municipal de Lisboa (CML), a União de Associação do Comércio e Serviços (UACS) e a Associação Avenida.
No próximo dia 28 de junho de 2022, pelas 20h30, no auditório da UACS – Casa do Comércio, sito na Rua Castilho, nº 14, em Lisboa, com a seguinte Ordem do Dia:
Ponto 1. – Análise, discussão e deliberação da Proposta nº 337_AF/22 Aprovação celebração de Contrato de Delegação de Competências com Município de Lisboa para CPCJ;
Ponto 2. – Informação Trimestral do Presidente acerca da atividade da Junta e sua situação financeira.
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