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Inscrições Abertas - Férias Natal AAAF/CAF 2022

Estão abertas as inscrições para o Programa de Interrupção letiva de Natal das Atividades de Animação e de Apoio à Família (AAAF) e Componente de Apoio à Família (CAF) das escolas da Freguesia de Santo António!
 
As inscrições, dirigidas apenas aos alunos das escolas, podem ser feitas até ao dia 18 de novembro através dos seguintes endereços:
- CAF Escola São José: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
- CAF Escola Luísa Ducla Soares: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
 
As férias decorrem de 19 de dezembro a 2 de janeiro.

Entrevista a Irene Buarque de Gusmão

Como se sente por ver realizada esta homenagem ao arquiteto Nuno Teotónio Pereira, no ano que marca o centenário do seu nascimento?

Estou emocionada... e achei uma grande ideia esta exposição, em que tiraram os desenhos das gavetas... porque a exposição está lindíssima e tem desenhos lindíssimos, aos quais o público nunca teve acesso! E as cópias estão impecáveis, parecem autênticos originais – está tudo no Forte de Sacavém, não é? Portanto, eu acho que o Nuno ia adorar esta exposição. Está muito bem montada. A ideia dos estiradores daquela época – eu ainda trabalhei um pouco em algumas coisas... não em projetos de arquitetura, mas em livros e as letras dos mapas que o Nuno fazia... então, era num destes estiradores que trabalhávamos.

Os projetos e desenhos aqui apresentados são obras de Nuno Teotónio Pereira, criados e construídos dentro dos limites da freguesia. Em 2010, quando foi homenageado pela Ordem dos Arquitetos, declarou “um grande amor por Lisboa’’, uma cidade onde sempre procurou contribuir para a beleza do espaço e para o bem-estar das pessoas...

É verdade! O Nuno era um orgulhoso lisboeta desde a infância, porque ele teve um pai maravilhoso nesse aspeto. Ele contava que aos cinco anos, aos domingos, o pai ia passear com ele num elétrico. Eles viviam na Lapa, então desciam a Calçada da Estrela e o pai ia mostrando a cidade... iam até à beira rio. E o Nuno, quando era pequeno, dizia ‘’eu vou ser teto, teto!’’. 

Eu tenho cadernos dele, de desenhos infantis, e ele também era apaixonado por barcos. (...)

Os desenhos que eu tenho dele dessa altura são desenhos que ele fazia de memória, dos paquetes que via no Porto de Lisboa. Ele devia ter entre uns cinco e uns oito anos na altura... ele colocava a bandeira nos paquetes e tudo, mas os paquetes eram verdadeiros edifícios! 

E depois, quando eu casei com ele, uma prima dele veio oferecer-me dois barquinhos do Nuno, que ele tinha desenhado e que mandava nas férias, por carta, para a tia.

Quem era o ‘Arquiteto nº 103’?

Era um homem de muitos interesses. Por exemplo, a nível de arquitetura, o ‘Franjinhas’ é um exemplo lapidado a esse respeito: ele pensava sempre na arquitetura de dentro de para fora. Ele gostava de fazer arquitetura para as pessoas! Para o conforto das pessoas. 

Depois, quando apareceu aquela arquitetura no princípio dos anos 2000, aquela arquitetura que era muito escultura, ele e o Nuno Portas foram críticos porque eles funcionavam de outra maneira. 

E nós notamos isso no “Franjinhas”, notamos esse conforto dentro da Igreja do Sagrado Coração de Jesus... outra coisa que ele cuidava imenso era da acústica – um concerto dentro da Igreja é muito bom, tem uma acústica fabulosa!

Ele cuidava de todos os detalhes: iluminação, temperatura, acústica, tudo.

Na sua opinião, qual é o maior legado que ele nos deixou?

Para mim é difícil... ele deixou a sua obra, que é muito importante, mas também a luta política que ele teve. Se não fosse o 25 de abril, eu não teria conhecido o Nuno e não teria vindo para cá, com Bolsa da Gulbenkian, para fugir de outra ditadura. 

Eu cheguei cá em 1973 e conheci o Nuno em 1975, nós tínhamos uma diferença de 22 anos, eu nunca pensei que fosse casar com ele. 

Mesmo no atelier, ele ouvia todos os jovens, ele dava espaço para todos falarem. O Nuno tinha muita abertura e tinha muita cultura, ele adorava geografia, ele fez um ano de Geografia e fez também um ano de Paisagismo, e também fez um ano de Economia. Ele sempre estudou bastante, ele preparou-se muito, ele lia muito e também adorava poesia, além dos livros técnicos que lia e dos livros sobre viagens – ele adorava viajar. 

Eu nunca imaginei que o centenário dele fosse acontecer num ano de guerra... às vezes, eu acho que foi melhor para ele ter falecido antes de ter acontecido tanta coisa como o Covid, a guerra... para a sensibilidade que ele tinha, ia ser muito pesado. 

Foi dramático ter ficado cego durante quase sete anos... para um homem com a profissão dele, perder a visão... eu sei o que é, eu também sou artista plástica. Mas ele nunca se revoltou porque ele tinha muita bagagem interior.

Nós líamos o jornal para ele ouvir todos os dias, ele ouvia o noticiário, e livros, por exemplo... as memórias do seu tio Pedro, a minha empregada lia-lhe aqueles volumes todos! Ele nunca tinha pegado naquilo, mas ele quis saber o que o tio tinha escrito nessa altura. 

Inauguração Exposição "Arquitecto nº103"

No dia 27 de outubro, a BACS inaugurou a última exposição de 2022, uma homenagem da freguesia a Nuno Teotónio Pereira, por ocasião do seu centenário, intitulada de ‘Arquitecto nº 103’.

Nuno Teotónio Pereira foi uma das personalidades com mais destaque na vida artística, cultural, política e cívica portuguesa no séc. XX. Nascido em Lisboa, em 1922, formou-se em arquitetura na Escola de Belas Artes de Lisboa, com nota final de 18 valores. 

Colaborou no atelier de Carlos Ramos e na revista Técnica, onde traduz com Manuel Costa Martins ‘A Carta de Atenas’, um documento sobre os fundamentos do urbanismo moderno.

Em 1949, inscreve-se no Sindicato Nacional dos Arquitetos. É também neste ano que projeta a Igreja Paroquial das Águas, concelho de Penamacor, que se destaca como um primeiro momento na renovação da arquitetura religiosa em Portugal, e que terá o seu apogeu anos mais tarde com o projeto vencedor do concurso para a construção da nova Igreja do Sagrado Coração de Jesus, realizado com o arquiteto Nuno Portas, cuja inovação foi largamente reconhecida com a atribuição do Prémio Valmor e classificação como Monumento Nacional.

Entre 1951 e 1991, o seu atelier na rua da Alegria foi uma incubadora de novos talentos, novas propostas arquitetónicas e novas ideias e conceitos. O ‘Arquitecto nº 103’, sempre gostou de se rodear de gente que quisesse criar, acrescentar e melhorar o que já existia, e ali reuniu artistas de diferentes gerações com quem partilhava ideias, num espaço criado para a discussão teórica, experimentação de métodos e materiais, investigação, num trabalho coletivo orientado pelo arquiteto. 

Paralelamente, à atividade no seu atelier, Nuno Teotónio Pereira trabalha na Federação das Caixas de Previdência – Habitações Económicas, em Lisboa (1948-1960), onde realizou projetos de habitação económica. Esta prática trouxe para o seu atelier marcas de compromisso com o ideal coletivo e serviço público.

Da sua extensa e prolífera criação arquitetónica, destacam-se obras que serão sempre um marco seu na cidade de Lisboa, desde a habitação social a grandiosas construções, merecedoras de Prémios Valmor e outros.

Na exposição ‘Arquitecto nº 103’, número pelo qual estava registado na Câmara Municipal de Lisboa, estão patentes obras icónicas e premiadas, como a Igreja do Sagrado Coração de Jesus e o Edifício ‘Franjinhas’ na Rua Braamcamp, entre outras obras ou projetos menos conhecidos do grande público, como o edifício na Avenida da Liberdade 227 ou o complexo na rua de São Filipe Nery. 

Nuno Teotónio Pereira acreditava que cada um tem de ser fiel a si próprio e que a arquitetura deve contribuir para a beleza do espaço e o bem-estar das pessoas. Assim, empenhou-se em causas sociais, interveio na sociedade e incorporou todas estas dimensões na profissão de arquiteto.

Contentores de separação

No seguimento da implementação do sistema de separação de resíduos nas instalações da Freguesia de Santo António de Lisboa, uma proposta dos serviços de Ambiente Urbano e Sustentabilidade para este ano, a EB1/JI Luísa Ducla Soares tem agora nas suas instalações contentores de separação nas suas salas.

Esta prática promove a separação dos resíduos na fonte, comportamento que tem vindo a ser eficaz no aumento da reciclagem, na promoção de comportamentos ambientalmente responsáveis e na redução de uso de sacos de plástico.

O objetivo centra-se na promoção de práticas de separação de resíduos através da retirada de equipamentos de deposição indiferenciada em cada posto de trabalho, substituindo-os por equipamentos de separação de resíduos em áreas comuns.

Até ao momento este sistema já se encontra implementado nas instalações da Alexandre Herculano, São José, Centro Social Laura Alves, CPCJ, Espaço Bússola, Postos de Limpeza Urbana, a que se junta agora a Escola, estando por isso disponível para um universo de mais de 100 funcionários.

Inscrições Cabaz de Natal'22

As inscrições para o Cabaz de Natal 2022 da Freguesia de Santo António decorrem de 25 de outubro a 25 de novembro.

Para tal deve dirigir-se à sede da freguesia (Calçada do Moinho de Vento nº3) e ao polo na Rua Alexandre Herculano, nº46, R/C Esq. Deve apresentar o Cartão de Cidadão/Bilhete de Identidade, IRS e Comprovativos de Despesas (renda, educação, eletricidade, gás, água e saúde).

A ficha de inscrição, AQUI

Mais informações na sede e no polo.

"A estranha visita"

O dia 13 de outubro trouxe de volta os contos à nossa biblioteca e não podíamos ter começado da melhor forma, com a sala repleta de famílias.

Um final de tarde caloroso onde contámos a uma só voz a história de uma velhinha, que "fiava, fiava, esperava, esperava, mas a visita não chegava", descobrindo como um estranho encontro se tornou numa grande amizade.

Um conto escocês terrivelmente engraçado de Gracia Iglesias e com a ilustração de Vicente Cruz, intitulado “A estranha visita”.

No final do conto, por entre chupa-chupas de cenoura, vassouras de queijo e abóboras de tangerinas, piscamos o olho à noite mais assustadora do ano, aprendendo a fazer doçuras mais saudáveis.

O próximo “Canto do Conto” acontece a 12 de dezembro, às 18h, na nossa BACS.

Parabéns

A Freguesia de Santo António, no dia 29 de setembro, celebrou o seu nono aniversário, o presidente Vasco Morgado lembrou como tudo começou, através de um discurso nas redes sociais da freguesia.

“Ela consolidou-se, cresceu, modernizou-se. Eu aprendi, fiz, errei, fiz de novo e quero sinceramente pensar que fiz melhor por este território que me é tão familiar como as minhas mãos”.

Uma freguesia hoje bem “moderna, dinâmica, com projetos de todos os tipos a acontecer (...). E hoje, no seu aniversário, e como seu presidente desde que nasceu, estou aqui para, em nome de toda esta família de quase 12.000 pessoas dizer bem alto:

PARABÉNS SANTO ANTÓNIO. PARABÉNS A NÓS. PARABÉNS A LISBOA.

Dia Aberto

No dia 28 de setembro, a Freguesia de Santo António foi convidada pelo Instituto de Beleza Neide Valentim, sedeado na rua de Santa Marta, 16, para um dia aberto às nossas freguesas.

“Desde as 10h que estamos a receber pessoas e vamos cá estar até às 18h. Está a ser um dia muito bom. Estamos de coração cheio. As clientes estão a gostar, mas nós também”, conta-nos Denize uma das funcionárias do espaço.

Um dia recheado de mimos e afetos, que se traduziram no cuidado do cabelo (corte e brushing) e tratamento de mãos e pés. E, para muitas freguesas foi um dia emocionante, porque “há muito que não vinham ao cabeleireiro”.

Cerca de 20 pessoas participaram neste dia aberto neste espaço que existe há oito anos na Freguesia de Santo António. E como forma de agradecimento pelo gesto do Instituto de Beleza Neide Valentim, os serviços da Ação Social ofereceram um ramo de flores.

Arranque do ano letivo

O dia 15 de setembro, era há muito esperado pelas crianças e pelos pais, afinal é o início das aulas. E se para uns foi sinónimo de uma escola nova, de um mundo ainda por descobrir, para outros foi a oportunidade de rever os amigos e os professores.

O início do ano letivo é também sinónimo de comprar material escolar e, como forma de ajudar a minimizar as despesas familiares, o departamento de Educação da Freguesia de Santo António preparou cerca de 300 kits escolares.

E é na sala dos mais novos, do jardim de infância da Educadora Sandra Caetano, que é explicada a oferta da freguesia:

“Meninos hoje a Freguesia de Santo António tem uma surpresa para vocês: uma será para levar para casa e a outra fica na escola”. Todos quiseram saber o que iriam levar para casa: “é uma garrafa para beber água”, disseram entusiasmados enquanto estavam sentados na sala com as pernas à chinês. Uma dessas crianças era a Maria Pilar, pela primeira vez na EB1/JI São José, e que gostou muito da garrafa onde podia escrever o seu nome.

Já na sala do primeiro ano, as canetas de filtro deixaram a Olívia, de 6 anos, muito contente. “Eu gosto muito de receber material escolar, mas “adoro canetas de filtro, mas ainda pinto só com lápis de cor”.

“Esta é uma ajuda preciosa neste mês de setembro no qual as despesas são muitas, e por isso, prepararmos estes kits escolares para as nossas duas escolas”. Afirma o presidente da Freguesia de Santo António, Vasco Morgado.

Os kits escolares de 2022/2023 tinham os seguintes materiais:

Jardim de Infância:

  • Um boné;
  • Uma garrafa de água.

1.º e 2.º anos:

  • Dois cadernos de linhas de capa preta;
  • Afia com depósito;
  • Borracha;
  • Canetas azul, verde, preta e vermelha;
  • Cola batom;
  • Lápis de cor;
  • Canetas de feltro;
  • Lápis de carvão;
  • Tesoura;
  • Régua de 20 cm.

3.º e 4.º anos:

  • Caderno de linhas de capa preta;
  • Caderno quadriculado de capa preta
  • Compasso;
  • Esquadro;
  • Régua de 20 cm;
  • Transferidor;
  • Afia com depósito;
  • Borracha;
  • Canetas azul, verde, preta e vermelha;
  • Cola batom;
  • Lápis de cor;
  • Canetas de feltro;
  • Lápis de carvão;
  • Tesoura.

Verão Sénior: Um regresso muito desejado

Na primeira semana de setembro os nossos seniores regressaram, passados dois anos, à Praia do Tamariz para conversas, mergulhos, banhos de sol e memórias que aquecem o coração durante o inverno.

“Venho sempre a estas férias e acabo sempre muito feliz por ter vindo! Agradeço ao senhor presidente e aos seus funcionários, que são todos maravilhosos”, diz-nos Maria Coutinho. “Eu senti muita falta destes passeios nestes dois anos, foram terríveis. Os convívios fazem muita falta”.

Devido à pandemia por COVID-19, o Verão Sénior esteve interrompido nos anos de 2020 e 2021, deixando muitas saudades: “Chegamos a uma certa altura em que o convívio começa a falhar e estes passeios mantêm-nos ativos”, conta Antónia Sordero.

O sol esteve tímido durante a manhã, mas os nossos jovens da idade de ouro não deixaram de aproveitar o areal e o mar da praia, com caminhadas, mergulhos e muitas conversas. As tardes foram passadas entre a Fábrica da Pólvora, a Aldeia Típica José Franco e o Parque dos Poetas. Contudo, o que mais marcou os participantes foi a tarde passada na Casa da Comarca de Arganil: “Achámos linda toda a homenagem a Laura Alves, o pessoal da junta todo pronto para nos receber. O que mais nos tocou foi mesmo ver o pessoal da junta, que não conhecemos, simpático, esforçado e empenhado para nos receber”, conta o casal Zélia e João Machado.

O Verão Sénior terminou com a certeza que, sempre que seja possível, voltaremos aos passeios, ao convívio, à conversa e às histórias partilhadas.

FÉRIAS são sempre em GRANDE

O mar estava favorável, tal como o vento para a prática de surf na praia do Castelo, na Costa da Caparica. Difícil foi mesmo vestir os fatos para muitas das nossas crianças e jovens inscritos no programa das “Férias Grandes”, da Freguesia de Santo António. Divididos por idades, cada grupo foi responsável por transportar as suas pranchas até à beira mar para ouvir as principais regras.

“A primeira lição é o respeito ao mar, não se aventurarem muito. O cuidado a terem uns com os outros e com as pranchas”, estas foram as primeiras explicações de Rafael Gonçalves da Duckdive Nature Sports. E já com a prancha na areia, cada um treinou melhor a posição do corpo, os movimentos a fazer, para depois se aventurarem nas ondas.

O Gil, com apenas seis anos, e pela primeira vez nestas férias, não mostrou qualquer receio. “Gostei muito andar de prancha e consegui apanhar ondas”.

Outra atividade e novidade deste programa de 2022 foi a canoagem e o snorkeling, na Arrábida. “Com um número de crianças tão pequenas temos que jogar pelo seguro, e quando preparamos uma atividade destas, temos que ter em conta uma série de fatores. Desde o vento, ao equipamento de segurança”, explicação de Rudy Lopes, da Arrábida Experience.

Os três turnos tiveram ainda a oportunidade de aquecer bem os braços e as pernas com um jogo de ténis no Centro Desportivo Nacional do Jamor. Bem como passar um dia em cheio nas Piscinas Recreativas Municipais de Montemor o Novo, algo sempre muito esperado por todos.

Mas entre tanta aventura, a escolha do pequeno Pedro recai na tarde em que pedalou no Fun Track, numa das maiores pistas de patinagem da nossa cidade. “Gostei dos karts, porque gosto de conduzir. Com apenas cinco anos revelou-se um apaixonado pela condução, apesar de saber que não pode “conduzir numa estrada de verdade”.

Numa das tardes passadas a usufruir dos jardins da cidade, os nossos jovens foram uns verdadeiros exploradores no Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, onde exploraram e descobriram diferentes espécies.

“Acho que tivemos atividades bastante interessantes: a escalada, no Fun Parque, a canoagem...Os miúdos divertiram-se muito e já tivemos crianças a dizer que “não queriam que as férias acabassem”. Um bom sinal para quem, como a Sara Santos, de 19 anos, foi monitora deste programa.

As Férias Grandes decorreram de 4 de julho a 12 de agosto. E, para quem já conhece este programa e os nossos monitores, sabe que no último dia de praia “podemos comer bola de Berlim!!!”

Inscrições Abertas | Viagem Sénior 2022

Vamos levar os nossos seniores a Puerta de la Cruz (Tenerife) de 10 a 17 de setembro.
 
As inscrições estão abertas, até ao dia 12 de agosto, e são feitas apenas no polo da freguesia na rua Alexandre Herculano, nº46 R/C Esq. Limitadas às vagas existentes.
 
Os documentos a apresentar: cartão de cidadão, certidão de eleitor e comprovativo de IRS.
 
Nesta viagem está tudo incluído (avião, hotel e refeições) e a comparticipação é mediante os rendimentos.

Valor Humano: encerrado

Informamos que a Mercearia Social VALOR Humano vai estar encerrada de 15 a 31 de agosto.

Reabre dia 1 de setembro.

Inscrições abertas: Verão Sénior

As inscrições para o Verão Sénior 2022 já estão abertas! Até ao dia 12 de agosto, dirija-se a um dos seguintes locais, das 09h00 às 18h00:

  • Rua Alexandre Herculano, 46;
  • Calçada do Moinho de Vento, 3.
Documentos a apresentar: cartão de cidadão e comprovativo de IRS. Inscrições limitadas às vagas existentes.
 
As atividades serão nos dias 5 a 9 de setembro, com praia e muito passeio.

Partida dos autocarros:
Largo de São Mamede - 8h15
Teatro Tivoli BBVA - 8h30

Inscreva-se. Comparticipação mediante rendimentos.

Música no palco do Pavilhão Portuguez

Era habitual ouvir o Jazz em espaços de diversão noturna, em clubes, hotéis e restaurantes. O Parque Mayer foi um dos palcos que recebeu de braços abertos este novo estilo musical afro-americano. E para recuperar esta cumplicidade, nas comemorações do centenário do Parque, a música voltou a ouvir-se.

As sextas-feiras do mês de julho ficaram marcadas por concertos que davam as boas vindas ao fim de semana! Às 21h30 ouviram-se os acordes dos mais variados estilos de música.

Começámos os concertos em português com os Namorados da Cidade levando o público a viajar pelas décadas de 60, 70 e 80. Uma semana depois, a 8 de julho, a banda Violets are Blues subiu ao palco do Pavilhão Portuguez.

O silêncio depois tomou conta do espaço com Fados no Parque.

“As fadistas Tânia Oleiro e Beatriz Felício prepararam um concerto com o repertório do Fado Tradicional com especial enfoque em temas alegres, conferindo um ambiente festivo a este concerto”, disse-nos Joana Esparteiro, do grupo Fados Fora de Portas.

“A Fados Fora de Portas já aqui produziu outros concertos, levando o Fado à Freguesia de Santo António. Esta freguesia tem para nós um especial encanto uma vez que promove ativamente concertos de Fado apresentando-o com muita qualidade aos moradores e visitantes destes locais”.

Também o Jazz marcou presença nestas celebrações com a banda Long Ago and Far Away: “Executámos alguns dos mais emblemáticos temas compostos e/ou gravados pelos saxofonistas Hank Mobley e Sonny Rollins”, conforme conta Bruno Santos.

Esta série de concertos terminou na noite de 29 de julho com a atuação da banda Namorados da Cidade, no palco do Pavilhão Portuguez, que acabaria também por encerrar as comemorações do Centenário do Parque Mayer.

Cinema no Parque: De Laura Alves a Vasco Santana, muitas foram as vozes que regressaram ao Parque Mayer

Nos anos de 1986 e 1987, Lauro António, cineasta português, apresentou-nos a série “A Paródia”, que passava na RTP1. Nesta série de programas documentais e recreativos dedicados a grandes figuras do cinema e do teatro, o objetivo era divertir ao mesmo tempo que se ensinava.

À conversa com Frederico Corado, filho de Lauro António, este conta-nos: “Quando o Vasco Morgado me falou do centenário do Parque Mayer, uma das primeiras coisas que eu lhe propus foi passar esta série que o meu pai fez e à qual estou muito ligado”. Grande parte dos programas foram gravados em sua casa e tem na sua memória vários depoimentos de nomes bem conhecidos, como Herman José.

“Fiquei muito ligado a esta série, assim como estou muito ligado ao Parque (Mayer) por vários motivos. Acho extraordinário passar estes episódios aqui, neste cenário, e devolver, desta forma, a voz aos atores que aqui trabalharam e que, infelizmente, já não estão cá”, diz-nos Frederico.

Nestas semanas de celebração, vários foram os programas transmitidos, homenageando nomes como Laura Alves, Costinha, Vasco Santana ou Beatriz Costa. Num ambiente que misturou a nostalgia e a esperança, ouvir a voz de quem passou tanto tempo no Parque mostrou como não devemos deixar que acreditar neste espaço mágico da nossa cidade.

À conversa com as gentes do Parque Mayer

As quartas-feiras do mês deste julho trouxeram ao Teatro Maria Vitória conversas recheadas de memórias e boa disposição com as pessoas que cresceram, trabalharam e passaram bons momentos no Parque Mayer. Com o presidente Vasco Morgado como moderador, muitos foram os convidados que se sentaram para partilhar momentos de uma vida.

“Estes são momentos de partilha de emoções, de reviver histórias e um passado que foi muito feliz aqui neste espaço”, diz Vasco Morgado. “Quando entrei aqui na inauguração desta celebração, o que me veio à memória foi a última Revista que fiz aqui”, conta Joel Branco, convidado da primeira tertúlia, juntamente com Natalina José, Maria Tavares e José Carlos Mascarenhas.

“O que se espera desta conversa é que seja divertida, que passemos um bom momento a contar histórias deste espaço mágico”, diz-nos Vera Mónica, convidada de uma das tertúlias com José Raposo e Carlos Cunha. “O bom de esta sessão ser com estas pessoas, é que são meus amigos. São pessoas com quem partilhei grande parte da minha vida e com quem tenho muitas memórias felizes e divertidas”, conta Carlos Cunha.

Mas nem só do passado do Parque Mayer se falou nestas tertúlias. A 16 de julho, Frederico Corado, André Murraças, Miguel Dias e Gonçalo Oliveira conversaram sobre o futuro do Parque, sobre o seu regresso e a luta que não deixarão cair por terra. “Tem que existir mais investimento e mais programação. Não ter medo de fazer programação e investir em novas pessoas”, afirma André Murraças.

A 20 de julho, Hélder Freire Costa, Flávio Gil e António Homem Cardoso juntaram-se e Flávio afirma que “nos compete a todos chamar à responsabilidade de quem decide e pedir que assumam o compromisso de fazer cumprir o projeto que está pensado”.

A última sessão aconteceu no dia 27 de julho, com Rita Ribeiro e António Casimiro. “A minha primeira memória do parque é de quando tinha uns sete anos e tinham inaugurado um tapete rolante. Havia um cinema no terraço no Capitólio, que era uma novidade, existir cinema ao ar livre!”, recorda António Casimiro. Já Rita Ribeiro, recorda que o seu primeiro contacto com este espaço foi quando veio assistir pela primeira vez com a sua mãe a uma peça de Teatro de Revista ao Teatro Variedades!

Destas tertúlias, fica o sentimento de união que permite que todos consigam sonhar com um recuperar do Parque Mayer e da sua magia!

BACS ARQ.: A Raíz do Plano

Foi inaugurada no dia 14 de julho a exposição "A Raíz do Plano", inserida no ciclo BACS ARQ.

"Acho que esta é uma iniciativa excelente porque traz as pessoas aos espaços que existem e que nem sempre conhecem", conta-nos Helena Vieira, parte da dupla de arquitetos que fundou o atelier Plano Humano Arquitectos.

"O nosso atelier tem cerca de 14 anos e esta exposição é uma oportunidade gira e interessante de pararmos um pouco e analisarmos o nosso trabalho. Visitámos os nossos projetos e selecionámos cinco caracterizam o nosso percurso ao longo destes anos", disse Pedro Vieira.

A exposição “A Raíz do Plano”, pela primeira vez na Freguesia de Santo António, leva-nos a conhecer o atelier Plano Humano Arquitectos, os seus trabalhos e a sua forma de estar. Os seus projetos estabelecem programas diversificados, desde o residencial, ao comercial, passando também pelo religioso, onde os materiais naturais assumem um papel preponderante na caracterização das suas obras.
 
Inserido no ciclo BACS ARQ. da Biblioteca Arquiteto Cosmelli Sant’Anna (BACS), da Freguesia de Santo António, a exposição “A Raíz do Plano”, apela aos sentidos dos seus visitantes, como procura ser uma abordagem à forma de pensar a arquitetura.

Visite até do dia 23 de setembro!

Luzes, câmara... Ação

“Luz?”

“Ok!”

“Som?”

“Ok!”

“Câmara?”

“A gravar!”

“Claquete?”

“Cena 1, take 1!”

“AÇÃO!”

O Cinema de Palmo e Meio regressou e os nossos jovens cineastas voltaram mais uma vez com vontade de aprender e criar histórias: “Este ano as histórias foram criadas em grupo e as ideias foram surgindo mais facilmente”, conta-nos Catarina Oliveira, que já tinha participado no workshop anterior. “Aprendi muitas coisas e recordei algumas que já me tinha esquecido. É uma área que gosto muito e que provavelmente vou querer trabalhar quando crescer”, disse. Durante três dias, os participantes puderam aprender como se realiza um filme: Desde a escrita do guião à noção dos diferentes planos, passando pela importância da luz, som e de todos os intervenientes! “Adorei o resultado final! Foi muito interessante perceber a quantidade de pessoas que são precisas para se fazer um filme”, disse-nos a Inês Godinho, que não se esqueceu da importância que estes dias tiveram também para conhecer novas pessoas e fazer mais amigos. Algo que foi também reforçado pelo Eduardo das Neves, que saiu deste workshop a saber lidar e relacionar-se melhor com os outros. Quando, no último dia, viram o resultado final, foi unânime: Adoraram! “O filme ficou muito engraçado”, segundo a Catarina. Já a Leonor Candimba, que também ficou muito feliz, diz que adorou “os efeitos sonoros”. E assim se passou mais uma edição do Cinema de Palmo e Meio, que regressa para o ano, sempre com a vontade de trazer o cinema para a vida dos mais novos!

40 anos depois, o boxe regressou ao Parque Mayer

No dia 9 de julho o Parque Mayer foi palco, 40 anos depois, de um evento de boxe, que marcou o regresso da modalidade a um espaço onde era presença assídua nos anos de 1940 e 1950 e mais tarde na década de 70. "Tinha uma expectativa alta em relação ao evento, ainda assim, superou o número de pessoas presentes que estava à espera", disse-nos Pedro Matos, organizador do evento em parceria com a Freguesia de Santo António.

José Carlos, sentado numa das cadeiras mais próximas do ringue, assistia aos combates com a emoção de quem queria muito este regresso: “Era uma das atividades que mais fazia em conjunto com o meu pai. Vir ao Parque Mayer e assistir a isto, tantos anos depois, é voltar ao passado e à minha infância e adolescência. As memórias são muitas e todas estão hoje aqui presentes”.

Num momento onde, além dos combates profissionais, se homenagearam antigos atletas, Pedro confidenciou-nos que "foi espetacular. Era algo que já tinha em mente concretizar há algum tempo. Agradeço todo o apoio e confiança da Junta de Freguesia nesta iniciativa e em realizá-la no centenário do local. Foi ainda mais especial".

O atleta contou-nos que gostaria de conseguir trazer ao Parque Mayer eventos de boxe com maior regularidade. "O boxe nacional ganharia muito e sem dúvida que iria trazer muita "vida" ao local".

Nesta tarde de sábado, mais de 500 pessoas estiveram no Parque Mayer a assistir a este evento, todas com a sensação que se cumpriu um desejo já antigo: O boxe regressou ao parque!

“Espero que se consiga reerguer o Parque Mayer e que se consiga também trazer as atividades e a vida que este espaço tinha. Quero acreditar que esta celebração dos seus 100 anos marca uma viragem na forma como se olha este espaço e que mais pessoas acreditem no seu potencial e na importância de o trazer de volta”, diz Frederico Santos, um dos espectadores que não quis faltar a este dia.